A disputa pelos votos do eleitorado paulista no segundo turno das eleições 2018 segue acirrada. Segundo a última pesquisa Ibope, divulgada na noite desta quarta-feira (17), os candidatos João Doria (PSDB) e Márcio França (PSD) estão tecnicamente empatados , com 52% e 48% dos votos válidos, respectivamente – o que retrata uma vitória numérica apertada para o ex-prefeito da capital paulista.
Em um recorte geográfico dos resultados do Ibope, porém, é possível entender que, enquanto Doria vence com ampla vantagem no interior do estado de São Paulo, França tem claro destaque na disputa dos votos da capital paulista . O resultado é notório devido ao histórico político de João Doria, que assumiu a prefeitura de São Paulo em 2016 e deixou o cargo para disputar o governo do estado.
A pesquisa Ibope divulgada ontem foi realizada entre os dias 15 e 17 de outubro de 2018. Ao todo, foram entrevistados 1.512 eleitores, e a margem de erro é de três pontos porcentuais para mais ou para menos, com um nível de confiança de 95%.
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A sondagem foi encomendada pelo jornal O Estado de S. Paulo e pela TV Globo , sendo registrada no Tribunal Regional Eleitoral (TRE) de São Paulo sob o protocolo Nº SP-07777/2018 e no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob o protocolo Nº BR-BR-07265/2018.
Entre as respostas coletadas dos eleitores da capital, 63% das intenções de votos válidos vão para Márcio França , enquanto 37% vão para Doria. Considerando apenas a periferia da cidade, há o mesmo empate técnico que se refletiu no levantamento estadual: 52% para o tucano e 48% para o candidato do PSB.
No interior, João Doria leva vantagem, com 60% das intenções de voto contra 40% dos eleitores que decidiram votar em França, considerando apenas os votos válidos.
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Pode-se relacionar o sucesso de França na capital paulista às críticas que o candidato tucano recebeu ao ter abandonado o cargo de prefeito antes do fim do seu primeiro mandato – contrariando promessas feitas aos paulistanos. Porém, no primeiro turno das eleições deste ano, o mau-estar do tucano com os paulistanos parecia superado, quando ele conquistou 26% dos votos contra 22% de França e de Paulo Skaf.