Apesar do governo federal ter envolvido, de maneira ampliada, as Forças Armadas no policiamento de diversas cidades do País nestas eleições, há expectativa de risco na segurança , durante o pleito, no Rio de Janeiro e em Fortaleza – duas das cidades que contarão com o auxílio do Exército neste domingo (7).
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Isso porque, tanto no Rio quanto na capital do Ceará, há uma crise na segurança pública e uma crescente atuação do crime organizado. Ainda de acordo com o governo federal, apesar de não contar com a segurança das Forças Armadas , a capital paulista também é um ponto de atenção das autoridades, por conta dos possíveis choques diretos entre grupos apoiadores dos candidatos Jair Bolsonaro (PSL) e Fernando Haddad (PT), os dois líderes nas pesquisas.
Segundo o jornal O Estado de S. Paulo , o risco na capital paulista é avaliado na condição dois, em uma escala de quatro. Vale ressaltar que o Exército vai atuar em 513 localidades de 12 Estados da federação. Nas eleições de 2014, a atuação estava concentrada em apenas 325 locais.
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Apesar do aumento, o Ministério da Defesa afirma que não acredita em mais violência nas eleições 2018 . "Lógico que podem haver fatos pontuais, mas nada indica que tenha problema nas áreas que estamos preparados para atuar", disse o Subchefe de Operações, vice-almirante Newton de Almeida Costa Neto.
O esquema faz parte do que o ministério chama de operação nacional de Garantia do Voto e da Apuração (GVA), que é destinada a assegurar o acesso dos eleitores aos locais de votação e o funcionamento, sem constrangimento, das seções coletoras. O investimento da Defesa na GVA é de RS$ 18,7 milhões.
A critério de atuação, a GVA é uma atividade militar semelhante às missões de Garantia da Lei e da Ordem (GLO), como a que está em vigor no Rio de Janeiro, na intervenção do governo federal na segurança pública .
Na avaliação de Costa Neto, apesar do aumento nos municípios em relação às últimas eleições gerais, a expansão no número de militares que atuarão "não é tão significativa". Há quatro anos, 21,5 mil homens atuaram tanto na logística quanto para garantir a segurança pública nos locais de votação e apuração. Para o pleito deste domingo, o efetivo militar mobilizado é de 30 mil homens e mulheres. Além disso, outros 4 mil permanecem em regime de reserva.
"Áreas de inteligência estão operando no sentido de identificar qualquer possibilidade de movimento organizado que atue para que haja dificuldade na votação. Até o momento, não temos nenhuma informação a respeito disso", disse o vice-almirante. "Ações que podem ocorrer seriam pontuais. Não há um movimento que a gente possa dizer que é preocupante ou que tenha que mobilizar mais gente por conta disso", acrescentou.
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O militar destacou ainda que o Nordeste é uma região com altos índices de violência – especialmente no Rio Grande do Norte, Piauí e Ceará – e que, pela primeira vez, Fortaleza e Sobral, no Ceará, pediram o apoio das Forças Armadas .
* Com informações da Agência Brasil.