Presidente Michel Temer e o ministro Eliseu Padilha durante evento no Palácio do Planalto
Marcos Corrêa/PR - 4.10.18
Presidente Michel Temer e o ministro Eliseu Padilha durante evento no Palácio do Planalto

O presidente Michel Temer (MDB) alfinetou nesta quinta-feira (4) candidatos que propõem uma nova Constituição para o País. A proposta  consta do plano de governo de Fernando Haddad (PT) e também já foi  defendida pelo general Hamilton Mourão (PRTB), candidato a vice na chapa de Jair Bolsonaro (PSL).

Durante evento para anunciar a liberação de recursos do Ministério da Educação , no Palácio do Planalto, o presidente Michel Temer disse que há no Brasil "quase que uma compulsão" por novas constituições, defendendo que a atual Carta Magna, datada de 1988, deve ser respeitada e preservada pois "amalgama" os "princípios do liberalismo com os do socialismo".

"Nós passamos 30 anos com uma estabilidade institucional, e na busca de uma estabilidade econômica e social, que está se consolidando. Juridicamente, o Estado nasce a cada nova Constituição. Esta caminha para ser a mais longeva Constituição do nosso sistema", analisou.

"Um país ganha estabilidade institucional definitiva quando tem constituições solidificadas. No nosso histórico constitucional, nós temos períodos curtos de Estado. Nós temos vocação extraordinária para, a cada 25 - 30 anos, surge uma crise econômica e é preciso criar um novo estado. Temos uma vocação, quase uma compulsão, para ao invés de nos unirmos, precisamos modificar o País", continuou o presidente.

Temer inseriu o tema Constituição ao avaliar que estamos num momento "em que cada um pensa de uma maneira e acha que poderá o seu pensamento ser o condutor da própria sociedade". "Isso não é correto. O correto é afirmar e reafirmar que não há caminho fora da Constiuição Federal ", ponderou.

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Presidente Michel Temer comenta eleições

Reprodução/Twitter
"No domingo, nós vamos eleger a situação e vamos eleger a oposição", disse o presidente Michel Temer

O presidente também comentou a eleição agendada para esse domingo (7) e destacou que os eleitores vão "eleger a situação e também a oposição". Temer ainda alertou que falta compreensão democrática no País.

"As pessoas pensam que a autoridade emana de uma entidade Divina. Nós somos autoridades
constituídas. Nós exercemos o poder.  Nós não somos o poder. Se eu preciso de um advogado, eu vou buscar alguém que eu tenha um mínimo de confiança. No caso do estado brasileiro, quando  vou dar uma procuração para alguém gerir o estado, não devo me aborrecer porque o outro pensa diferente de mim. No domingo, nós vamos eleger a  situação e vamos eleger a oposição. Temos que ver isso com uma naturalidade extraordinária. E eu não vejo essa naturalidade", disse o presidente Michel Temer.

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