De acordo com teoria do eleitor mediano, Jair Bolsonaro não conseguiria vencer eleições devido ao discurso extremismo
Reprodução/Globonews
De acordo com teoria do eleitor mediano, Jair Bolsonaro não conseguiria vencer eleições devido ao discurso extremismo

O candidato à presidência da República Jair Bolsonaro deixou de declarar à Justiça Eleitoral imóveis avaliados em R$ 2,6 milhões. O levantamento foi feito pelo jornal O Globo , que comparou os bens declarados pelo deputado em eleições anteriores às posses do candidato em cartórios no Rio de Janeiro.

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Os imóveis omitidos por Bolsonaro em suas declarações à Justiça Eleitoral são: uma casa na Barra da Tijuca, avaliada, em 2008, em R$ 1,6 milhão, imóvel que não foi declarado pelo candidato na eleição de 2006, quando ele se reelegeu deputado federal; e uma casa de frente para o mar em Resende (RJ), avaliada em R$ 1 milhão em 2009, omitida por ele na campanha de 2010.

Para se ter uma ideia da discrepância, em 2006 o então candidato à deputado declarou à Justiça Eleitoral ter patrimônio no valor de R$ 434 mil. No processo de separação de sua segunda esposa, Ana Cristina Valle , consta que o real patrimônio do casal atingia R$ 4 milhões.

Procurada, a assessoria do presidenciável não respondeu às acusações do jornal O Globo .

Sucessivos problemas à chapa de Bolsonaro

Candidato do PSL Jair Bolsonaro entre seus filhos Carlos (esq.) e Flávio (dir)
Arquivo pessoal/Carlos Bolsonaro
Candidato do PSL Jair Bolsonaro entre seus filhos Carlos (esq.) e Flávio (dir)

Em prestação de contas ao Tribunal Superior Eleitoral (PSL), o diretório da chapa presidencial do PSL declarou ter pagado R$ 240 mil à produtora de vídeo Mosqueteiros Filmes LTDA. O montante, que representa 20% do que foi gasto pela campanha até aqui, no entanto, foi destinado para uma produtora que só existe no papel.

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Jornalistas da revista Época visitaram o local onde funcionaria, conforme declarou a própria campanha, a Mosqueteiro Filmes. Lá, encontraram uma casa vazia há mais de dois anos. O suposto empreendimento ficaria em Petrolina, Pernambuco.

A empresa foi contratada para gerenciar as redes sociais e os vídeos da campanha presidencial. De acordo com a Época, o trabalho é feito, na verdade, por funcionários de outra empresa cujo um dos sócios é parente dos supostos donos da Mosqueteiro.

Para os advogados da chapa de Bolsonaro , trata-se de mero problema trabalhista da empresa contratada. Advogados especialistas em direito eleitoral ouvidos pela revista, no entanto, alertam que ao ter informado ao TSE o endereço e o CNPJ de uma empresa que não está prestando os serviços especificados, a campanha pode ter incorrido em fraude de falsidade ideológica.

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