'Deputado presidiário', Celso Jacob foi condenado a 7 anos e 2 meses de prisão por irregularidade em município fluminense
Cleia Viana/Câmara dos Deputados - 27.6.16
'Deputado presidiário', Celso Jacob foi condenado a 7 anos e 2 meses de prisão por irregularidade em município fluminense

O Tribunal Regional Eleitoral (TRE-RJ) rejeitou, por unanimidade, o registro da candidatura de Celso Jacob (MDB) a um novo mandato como deputado federal. Os magistrados acataram impugnação proposta pelo Ministério Público Eleitoral e consideraram que o político está inelegível com base na Lei da Ficha Limpa.

Celso Jacob está em seu segundo mandato consecutivo na Câmara dos Deputados e tentava garantir mais quatro anos de mandato parlamentar. Ele ganhou manchetes em jornais de todo o País em junho do ano passado ao frequentar as sessões do Congresso durante o dia e retornar à noite para sua cela na Penitenciária da Papuda, onde cumpria pena imposta pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Atualmente, o  político está afastado do mandato e cumpre pena em regime aberto.

Durante sua jornada como deputado presidiário , o emedebista chegou a ser colocado em isolamento pela Subsecretaria do Sistema Penitenciário do Distrito Federal (Sesipe) após ser  flagrado com dois pacotes de biscoito e um de queijo provolone  escondidos na cueca ao retornar à cadeia após saída de fim de semana.

Jacob foi condenado a 7 anos e 2 meses de prisão, em regime semiaberto, por conta de irregularidades num contrato assinado quando ele era prefeito do município de Três Rios (RJ), em 2002. A condenação foi imposta pelo STF após o Tribunal de Contas do Estado (TCE-RJ) reprovar suas contas alegando "irregularidades graves e insanáveis, caracterizadas como ato doloso de improbidade administrativa".

Câmara salvou mandato de Celso Jacob

Celso Jacob foi preso em junho do ano passado, após condenação no Supremo Tribunal Federal (STF)
Alex Ferreira/Câmara dos Deputados
Celso Jacob foi preso em junho do ano passado, após condenação no Supremo Tribunal Federal (STF)

Na Câmara , Jacob se livrou de ter o mandato cassado no Conselho de Ética após maioria no colegiado concordar com o parecer do relator, deputado Valtenir Pereira (MDB-MT), que defendeu seu correligionário alegando que os crimes atribuídos a Jacob não teriam causado prejuízos aos cofres públicos e que esses crimes ocorreram antes do início de seu mandato como deputado.

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Além de barrarem a candidatura de Celso Jacob , os ministros do TRE também concederam liminar proibindo o emedebista de receber verbas públicas do fundo de campanha, de usar o tempo na propaganda no rádio e na TV, e de praticar atos de campanha. De acordo com os dados informados pela Justiça Eleitoral, o então candidato a deputado federal já gastou até o momento apenas R$ 791,50 em sua campanha.

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