Candidato do PDT à Presidência, Ciro Gomes tem 11% das intenções de voto, segundo pesquisa do Ibope
Divulgação/PDT
Candidato do PDT à Presidência, Ciro Gomes tem 11% das intenções de voto, segundo pesquisa do Ibope

O candidato do PDT à Presidência da República, Ciro Gomes, afirmou nesta quarta-feira (19) que o Brasil "não suporta mais um presidente fraco" e disse ser "diferente em tudo" em relação ao candidato Fernando Haddad (PT), seu principal adversário na busca por espaço no segundo turno, conforme indicam as últimas pesquisas de intenções de voto .

Ciro Gomes  avaliou, durante entrevista à rádio CBN e ao portal G1 , que o eleitorado "está em convulsão" e que, desse modo, a disputa segue em aberto apesar do crescimento de 11 pontos percentuais alcançado pelo candidato petista, conforme apontou o Ibope nessa terça-feira (18). 

"Pesquisa é o retrato de um momento. E a vida não é um retrato, a vida é um filme. Elas estão revelando basicamente uma coisa: o eleitorado brasileiro está em revolução. Nós temos uma sucessão presidencial absolutamente exótica. [...] Ninguém está apaixonado, está todo mundo procurando", disse.

"O Haddad aceitou desenvolver um papel que o diminui profundamente. Esse papel foi oferecido a mim. O Lula me cercou por todos os lados para eu aceitar ser o vice de araque, porque todo mundo sabia que era uma enganação do PT, que não iam deixar o Lula ser candidato. E, se eu aceitasse isso, eu seria o sucessor dele. Por que eu não aceito isso? Porque o poder, para mim, é só uma ferramenta. E o Brasil não suporta mais um presidente fraco, um presidente sem autoridade, um presidente que tenha que consultar o seu mentor", disse, mencionando em seguida o exemplo da ex-presidente Dilma Rousseff (PT).

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Ciro Gomes fala em acordo de autoridades paulistas com PCC

Candidato do PDT à Presidência, Ciro Gomes disputa espaço por segundo turno com Haddad, Marina e Alckmin
Reprodução/TV Globo
Candidato do PDT à Presidência, Ciro Gomes disputa espaço por segundo turno com Haddad, Marina e Alckmin

Ao falar sobre suas propostas para a segurança pública, Ciro polemizou ao sugerir que a queda nos índices de homicídios no Estado de São Paulo decorre de uma "troca" feita por autoridades com o crime organizado.

"É claro [que houve diminuição]. Trocaram franquia de narcotráfico por homicídio. Por que lá no Ceará o homicídio está explodindo e o resto dos crimes não? Porque lá não se faz acordo. E você pensa que já não foi oferecido para nós a possibilidade de fazer acordo? Assim mesmo: você fecha os olhos para a passagem da droga que a gente [organização criminosa] dá um jeito de dar uma paz", disse Ciro, mencionando proposta supostamente feita por "comandantes das facções criminosas".

Ciro já havia, ainda antes do início do período de campanha , afirmado que o ex-governador paulista e também candidato ao Planalto, Geraldo Alckmin (PSDB), fez acordo com lideranças da facção criminosa PCC.

"Todas as pedras no caminho sabem que o comando do PCC em São Paulo tem acordo com as autoridades daqui. Todo mundo sabe que, no Rio de Janeiro, as autoridades são coniventes com o Comando Vermelho. Eu tenho indícios muito veementes", voltou a afirmar o candidato nesta manhã.

Ao fim da entrevista, Ciro Gomes foi submetido pelos entrevistadores a uma sequência de questões rápidas, momento em que se disse contra a taxação de igrejas, contra intervenções federais como a que está em curso no Rio de Janeiro, e contra o foro privilégio para políticos. O candidato, por outro lado, disse que preferia não responder sobre a adoção de crianças por casais homossexuais e também sobre a legalização do aborto em qualquer circunstância.

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