Ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, prometeu ampliar efetivo da PF para segurança de candidatos
Isaac Amorim/MESP - 3.5.18
Ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, prometeu ampliar efetivo da PF para segurança de candidatos

O ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, disse nesta terça-feira (18) que a Polícia Federal deve concluir ainda nesta semana o primeiro inquérito sobre o ataque a faca contra o  candidato do PSL à Presidência da República , Jair Bolsonaro. Segundo Jungmann, nenhuma hipótese foi descartada até o momento e a possibilidade de o autor do ataque, Adelio Bispo de Oliveira, ter recebido ajuda pode ainda levar à abertura de uma nova investigação.

“Não se descarta qualquer tipo, qualquer hipótese”, afirmou Raul Jungmann ao ser questionado sobre a possibilidade de coautoria no crime. “Se necessário, abriremos uma segunda investigação, um segundo inquérito, para apurar todo e qualquer indício. Se qualquer possiblidade de coautoria existir, evidentemente que vamos trazer a conhecimento de toda a sociedade”, completou.

O ministro, no entanto, não entrou em detalhes das investigações, afirmando apenas que “tudo isso tem que ser investigado, recursos, dinheiro na conta". "Temos que dar uma resposta à opinião pública para que não paire nenhuma suspeita”, acrescentou.

As declarações de Jungmann foram dadas após reunião com a presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministra Rosa Weber, e com o diretor-geral da Polícia Federal , Rogério Galloro. A conversa entre os três versou sobre o aumento no efetivo de agentes da PF que atuam na segurança dos candidatos à Presidência. No momento, mais de 20 policiais federais integram o aparato que acompanha cada presidenciável que solitou o serviço.

Vítima de atentado cometido durante ato de sua campanha em Juiz de Fora (MG), Jair Bolsonaro está internado na na Unidade de Terapia Semi-Intensiva  do Hospital Albert Einstein, em São Paulo. De acordo com boletim divulgado pelo centro médico nesta tarde, o candidato apresenta "evolução clínica satisfatória e boa resposta ao tratamento realizado".

TSE, governo e PF querem barrar "bancada do crime", diz Raul Jungmann

Segundo Raul Jungmann, novo inquérito pode ser aberto para investigar se Adelio Bispo de Oliveira recebeu ajuda
Reprodução
Segundo Raul Jungmann, novo inquérito pode ser aberto para investigar se Adelio Bispo de Oliveira recebeu ajuda

A reunião entre Rosa Weber, Jungmann e Galloro tratou ainda do combate a candidaturas que estejam ligadas ao crime organizado, num esforço para impedir que ser forme, nas palavras de Jungmann, uma “bancada do crime” no Poder Legislativo federal e estadual.

Segundo o ministro, a PF realiza um pente-fino na vida pregressa de todos os candidatos, para todos os cargos, nas eleições deste ano. O objetivo é entregar ao TSE um dossiê com qualquer indício do envolvimento do crime organizado com a eleição.

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“Estamos fazendo uma triagem e levantamento prévio de todos os candidatos e estamos cruzando todos os dados, fazendo um banco de dados”, disse Raul Jungmann . “Não podemos permitir a formação de uma bancada do crime, e se por acaso eles vierem a se eleger nós precisamos cassá-los e puni-los”, acrescentou o ministro. Ele frisou, no entanto, que a PF somente fornecerá dados de inteligência ao TSE, a quem caberá dar qualquer tipo de consequência às informações.

*Com informações e reportagem da Agência Brasil

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