O ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, disse nesta terça-feira (18) que a Polícia Federal deve concluir ainda nesta semana o primeiro inquérito sobre o ataque a faca contra o candidato do PSL à Presidência da República , Jair Bolsonaro. Segundo Jungmann, nenhuma hipótese foi descartada até o momento e a possibilidade de o autor do ataque, Adelio Bispo de Oliveira, ter recebido ajuda pode ainda levar à abertura de uma nova investigação.
“Não se descarta qualquer tipo, qualquer hipótese”, afirmou Raul Jungmann
ao ser questionado sobre a possibilidade de coautoria no crime. “Se necessário, abriremos uma segunda investigação, um segundo inquérito, para apurar todo e qualquer indício. Se qualquer possiblidade de coautoria existir, evidentemente que vamos trazer a conhecimento de toda a sociedade”, completou.
O ministro, no entanto, não entrou em detalhes das investigações, afirmando apenas que “tudo isso tem que ser investigado, recursos, dinheiro na conta". "Temos que dar uma resposta à opinião pública para que não paire nenhuma suspeita”, acrescentou.
As declarações de Jungmann foram dadas após reunião com a presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministra Rosa Weber, e com o diretor-geral da Polícia Federal , Rogério Galloro. A conversa entre os três versou sobre o aumento no efetivo de agentes da PF que atuam na segurança dos candidatos à Presidência. No momento, mais de 20 policiais federais integram o aparato que acompanha cada presidenciável que solitou o serviço.
Vítima de atentado cometido durante ato de sua campanha em Juiz de Fora (MG), Jair Bolsonaro está internado na na Unidade de Terapia Semi-Intensiva do Hospital Albert Einstein, em São Paulo. De acordo com boletim divulgado pelo centro médico nesta tarde, o candidato apresenta "evolução clínica satisfatória e boa resposta ao tratamento realizado".
TSE, governo e PF querem barrar "bancada do crime", diz Raul Jungmann
A reunião entre Rosa Weber, Jungmann e Galloro tratou ainda do combate a candidaturas que estejam ligadas ao crime organizado, num esforço para impedir que ser forme, nas palavras de Jungmann, uma “bancada do crime” no Poder Legislativo federal e estadual.
Segundo o ministro, a PF realiza um pente-fino na vida pregressa de todos os candidatos, para todos os cargos, nas eleições deste ano. O objetivo é entregar ao TSE um dossiê com qualquer indício do envolvimento do crime organizado com a eleição.
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“Estamos fazendo uma triagem e levantamento prévio de todos os candidatos e estamos cruzando todos os dados, fazendo um banco de dados”, disse Raul Jungmann . “Não podemos permitir a formação de uma bancada do crime, e se por acaso eles vierem a se eleger nós precisamos cassá-los e puni-los”, acrescentou o ministro. Ele frisou, no entanto, que a PF somente fornecerá dados de inteligência ao TSE, a quem caberá dar qualquer tipo de consequência às informações.
*Com informações e reportagem da Agência Brasil