Manuela Pinto Vieira D’Ávila foi lançada como candidata a vice-presidente junto de Fernando Haddad, do Partido dos Trabalhadores (PT), nesta terça-feira (11). Filiada ao PCdoB, Manuela D'Ávila nasceu em Porto Alegre, tem 36 anos, é filha de juíza e de engenheiro, e mãe de uma menina de três anos.
Formada em jornalismo pela PUC-RS, Manuela D’Ávila também cursou Ciências Sociais na UFRGS, mas não chegou a concluir essa graduação. Envolvida na política desde a década de 1990, quando participava ativamente do movimento estudantil, foi membro da União da Juventude Socialista (UJS) – braço do PCdoB, partido ao qual é filiada desde 2001. Ainda naquela época, foi integrante na direção nacional da UJS e vice-presidente da União Nacional dos Estudantes (UNE).
Com apenas 23 anos, foi eleita vereadora de Porto Alegre, em 2004. Dois anos depois, venceu as eleições para a Câmara dos Deputados, sendo a candidata mais votada no Rio Grande do Sul para o cargo. Em 2010, foi reeleita deputada federal, quando relatou o Estatuto da Juventude, lei que garante direitos aos jovens do País.
Também no Congresso, foi relatora da Lei dos Estágios, presidente da Comissão de Direitos Humanos e Minorias e vice-presidente da Comissão de Trabalho, Administração e Serviço Público. Fez parte também da Frente Parlamentar do Esporte, da Frente Parlamentar em Defesa da Liberdade na Internet e da Frente Parlamentar pela Cidadania LGBT.
Manuela se destaca pela defesa de políticas públicas para as minorias. Defensora do feminismo e da política para mulheres , a candidata chamou a atenção ao levar sua filha, Laura Leindecker, a sessões da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul.
Em 2014, foi eleita deputada estadual – com recorde de votos. Dois anos depois, uma foto da deputada amamentando a filha repercutiu em todo o mundo – o que a fez vir a público para chamar a atenção sobre a política “machista e masculina”.
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Na época, ela chegou a publicar um texto em sua página do Facebook em que refletia os “porquês” de a foto ter repercutido tanto, defendendo: “Um ambiente que não é amigo das mulheres e crianças não tem como ser amigo do povo”.
Também no ano de 2016, foi apontada como uma das preferidas na disputa pela Prefeitura de Porto Alegre, mas desistiu de tentar a vaga para cuidar de sua filha recém-nascida.
Manuela D’Ávila, a candidata em 2018
No dia 1º de agosto de 2018, a ex-deputada e ex-vereadora foi confirmada candidata à Presidência da República pelo PCdoB . Depois de ter a candidatura lançada com apoio unânime dos delegados do partido, ela apresentou bandeiras como a da reforma da segurança pública, a justiça tributária, o combate às grandes corporações e a revogação da reforma trabalhista, além da emenda constitucional que estabeleceu um teto para os gastos públicos por 20 anos.
Durante a curta campanha como candidata à Presidência, Manuela também criticou o “desemprego recorde”, a queda da massa salarial e a evasão de jovens de universidades e escolas técnicas.
Apesar de ter a chapa registrada no Tribunal Superior Eleitoral, após o apoio de seu partido a Lula, Manuela D'Ávila desistiu da candidatura própria e passou a apoiar o PT. Agora, foi lançada candidata a vice-presidente pelo partido ao lado de Fernando Haddad.