O PC do B oficializou Manuela D'Ávila como candidata à Presidência da República nesta quarta-feira (1), em convenção realizada na Câmara dos Deputados, em Brasília, no Distrito Federal. A ex-deputada federal e ex-vereadora já havia aparecido como pré-candidata e, por enquanto, segue sem nome do vice.
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No evento de hoje, Manuela D'Ávila defendeu uma "união da esquerda" e criticou a prisão do pré-candidato do PT, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
" Lula está preso porque lidera as pesquisas, porque solto venceria eleições. A democracia está presa naquela cela no Paraná. Por isso, nossa candidatura sempre se somou aos gritos de 'Lula Livre'. Porque a busca pela sua liberdade não diz respeito só a ele, mas à luta pela democracia", defendeu a candidata.
"Eu sou candidata porque nós acreditamos na necessidade de durante os próximos 60 dias não abaixarmos a bandeira da defesa da liberdade de Lula, preso injustamente por esse estado de exceção. Sou candidata porque acredito que a unidade da esquerda deve ser defendida até o último dia possível", continuou.
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A candidata do PC do B foi questionada por jornalistas sobre a possibilidade de ser vice de uma chapa de esquerda ou mesmo do PT, uma vez que defendeu a "unidade da esquerda". "A nossa candidatura, desde que foi colocada em 18 de novembro, sempre defendeu a unidade do nosso campo político, fizemos um conjunto de apelos público e ainda temos algum tempo. Se surgir alguma novidade nesse sentido, seguimos entusiastas", disse.
Na convenção, ela citou a questão de grupos minoritários, como mulheres e LGBT. A deputada do Rio Grande do Sul citou o movimento feminista atual, a que chamou de "Primavera das Mulheres".
"Estamos vivendo um processo social profundo. Muitos chamam de Primavera das Mulheres. O vento forte do feminismo é aquele que também faz, ou é colhido, pelo nosso partido que abre suas velas pra isso. Somos um partido com muitas mulheres, essa é a nossa tradição", destacou.
Entre as propostas da sigla está o referendo para revogar a reforma trabalhista, a implantação da reforma tributária que isente os mais pobres de pagar muitos impostos, a instalação de uma reforma da segurança pública e o fortalecimento do Sistema Único de Saúde (SUS).
Manuela D'Ávila ainda está sem vice
Ainda sem vice, Manuela D'Ávila afirmou que irá esperar até a data limite para o registro da chapa, justificando que o partido está "discutindo a questão internamente". Vale lembrar que o prazo final para que as siglas registrem as chapas é 15 de agosto, segundo calendário do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).