O presidente Michel Temer se manifestou sobre o atentado sofrido pelo presidenciável Jair Bolsonaro (PSL) nesta quinta-feira (6) em Juiz de Fora, em Minas Gerais, e classificou como "intolerável" o ato contra o deputado.
Michel Temer declarou que a Polícia Federal e polícia local já estão investigando o caso e afirmou que é intolerável que "em um Estado democrático de direito não haja a possibilidade de uma campanha tranquila".
"A Polícia Federal e a polícia local já estão trabalhando nessa matéria, foi agora há pouco. Mas isso revela algo que devemos nos conscientizar. É intolerável num Estado democrático de direito que não haja a possibilidade de uma campanha tranquila, que uma campanha que as pessoas vão e apresentem seus projetos", disse Temer durante uma cerimônia no Palácio do Planalto.
O presidente classificou o episódio contra Jair Bolsonaro
como " triste e lamentável para a democracia" e afirmou que deveria servir de exemplo.
"Relato este fato apenas para não deixar passar em branco esse episódio triste, lamentável para a democracia. Se Deus quiser, o candidato Bolsonaro passará bem e tenho certeza que não haverá nada mais grave. Mas que sirva de exemplo para que as pessoas que estão fazendo campanha percebam que a tolerância é uma derivação da própria democracia. É derivação do Estado de direito. Não temos Estado de direito se houver intolerância."
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Atentado contra Jair Bolsonaro
O comício de Jair Bolsonaro foi interrompido após o incidente e o candidato foi levado por seguranças para a Santa Casa de Misericórdia de Juiz de Fora. De acordo com a assessoria de imprensa do candidato, exames realizados no hospital constataram que o fígado do ex-capitão do Exército foi atingido e Bolsonaro está sendo submetido a operação.
Em nota, a Polícia Federal afirmou que Bolsonaro contava com escolta de agentes da corporação e que o agressor foi preso em flagrante e conduzido para delegacia da PF em Juiz de Fora. Ainda conforme a nota da Polícia Federal, já foi instaurado inquérito policial "para apurar as circunstâncias do ato".
O autor do ataque foi identificado como José Adelio Bispo de Oliveira, de 40 anos de idade. Antes de ser detido, Adelio sofreu agressões por parte de apoiadores do candidato.
Um dos filhos do candidato, Flávio Bolsonaro, desmetiu em entrevista à GloboNews a informação de que o ex-capitão estava utilizando colete à prova de balas.
Vídeos publicados nas redes sociais flagraram o momento em que o Bolsonado leva facada enquanto era carregado na rua por apoiadores.
Além de Michel Temer , outros políticos também se manifestaram sobre o caso, como os presidenciáveis Ciro Gomes, Marina Silva e Gerldo Alckmin.