O PSB decidiu que não irá fazer nenhuma coligação formal com candidatos à Presidência da República nas eleições de 2018 em convenção nacional realizada em Brasília neste domingo (5). Na prática, o partido delibera que não repassará sua cota de tempo de TV ou seu fundo partidário para nenhum candidato ao Palácio do Planalto.
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Apesar da decisão de não se coligar a nenhum partido nas eleições nacionais, o presidente do PSB
, Carlos Siqueira, deixa em aberto a possibilidade para que os diretórios estaduais decidam qual nome irão apoiar na corrida ao Planalto, ou seja, a sigla não será neutra.
No documento assinado hoje, porém, a cúpula veta “rigorosamente” o apoio ao candidato Jair Bolsonaro (PSL), considerado “uma ameaça aos direitos humanos e à democracia”. O partido orienta ainda que os diretórios estaduais apoiem candidatos considerados “progressistas”.
Acordo entre PT e PSB
A decisão do PSB oficializada hoje ratifica um acordo fechado com o PT na última semana. Os dois partidos concordaram que os socialistas não apoiariam nenhuma candidatura à Presidência, já que vinha negociando com a chapa encabeçada por Ciro Gomes (PDT). Em troca, o PT apoiaria candidatos do PSB aos governos de Amazonas, Amapá, Paraíba e Pernambuco.
O acordo gerou polêmica em diretórios de ambos os partidos, uma vez que algumas candidaturas foram derrubadas contra a vontade dos candidatos ou dos filiados de estados como Minas Gerais e Pernambuco.
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Na convenção nacional do PT nesse sábado, inclusive, militantes gritaram e protestaram contra a retirada da candidatura da vereadora Marília Arraes, no Pernambuco, quem negou que irá desistir da campanha. Durante o anúncio da candidatura de Lula na corrida presidencial, filiados gritavam o nome da candidata.
Como já era esperado, no encontro do PSB realizado hoje, a executiva do Distrito Federal, liderada pelo governador Rodrigo Rollemberg, anunciou que apoiará Ciro Gomes à Presidência da República. Ele já havia afirmado que continuaria fazendo campanha ao candidato do PDT, mesmo com o acordo fechado entre os socialistas e os petistas.