Aliado de Cristiane Brasil afirmou que processo no ministério do Trabalho o faria
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Aliado de Cristiane Brasil afirmou que processo no ministério do Trabalho o faria "ganhar na loteria"

Adriano José Lima, superintendente do ministério do Trabalho e um dos presos na operação Registro Espúrio, que investiga fraudes e pagamentos de propinas na pasta, disse, em um áudio de celular, que um processo para obtenção de registro sindical o faria “ganhar na loteria” – uma possível referência às propinas que receberia para facilitar o prosseguimento do processo.

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Aliado de Cristiane Brasil , filha de Roberto Jefferson – que ganhou fama ao ser preso no processo do chamado ‘mensalão’ -, José Lima teve o áudio descoberto pela Polícia Federal, que apreendeu seu celular. A informação, que consta em documentos da investigação da PF, é do jornal Folha de S.Paulo .

O áudio foi enviado por José Lima em maio à Renato Araújo, responsável no ministério do Trabalho pelos registros sindicais. Araújo também foi preso no decorrer da operação.

Após escândalo com aliado de Cristiane Brasil, PTB desiste de ministério

Uma das condições para que o PTB apoiasse o impeachment de Dilma Rousseff (PT) era que a legenda ficasse com o ministério do Trabalho. Michel Temer acatou o pedido, mas, após uma série de controvérsias, que resultaram no afastamento do ministro Helton Yomura da pasta pelo Supremo Tribunal Federal, o partido comandado por Roberto Jefferson comunicou ao Planalto que abre mão do ministério, deixando seu futuro à disposição de Temer.

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Uma operação da Polícia Federal que investiga a possível existência de uma organização criminosa que atuava na concessão fraudulenta de registros sindicais no Ministério do Trabalho foi o que levou à queda de Yomura da pasta. O ex-ministro, que ocupava interinamente a cadeira, foi afastado por decisão do Supremo Tribunal Federal (STF).

Os problemas com a Justiça, contudo, começaram antes da chegada de Yomura ao ministério.  Roberto Jefferson   pretendia emplacar Cristiane Brasil no cargo. Descobriu-se, contudo, que Brasil tinha dívidas trabalhistas pendentes com seus funcionários, e sucessivas liminares judiciais acabaram a impedindo de assumir a pasta.

Segundo a Polícia Federal, Yomura, aliado de Cristiane , agia como "testa de ferro" dos interesses da deputada e de seu pai, Roberto Jefferson (PTB-RJ). Ainda de acordo com a PF, Yomura agia ativamente para realizar e coordenar desvios na pasta.

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