Márcio França (PSB) , governador de São Paulo, disse em entrevista coletiva que o governo federal não garantiu baixar o preço do litro de óleo diesel em R$ 0,46 na bomba por 60 dias, conforme reivindicam os caminhoneiros em greve .
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Michel Temer (MDB) concordou, de acordo com o governador, em eliminar a cobrança do pedágio para os eixos suspensos dos caminhões em todo o país. Isso seria feito ainda hoje por meio de uma medida provisória em edição extra no Diário Oficial da União.
França, porém, avisou que isso não foi o bastante para assegurar o fim imediato da paralisação da classe. Os caminhoneiros preferiram não se desmobilizar até quinta-feira (31). Em São Paulo, os pontos de bloqueio em rodovias caíram de 220 para 32, apontam números da Polícia Rodoviária Federal.
"Aguardamos que o presidente da República consiga equacionar isso", disse França, após ter conversado com o ministro da Secretaria de Governo, Carlos Marun, que está em Brasília.
O Palácio do Planalto, onde o gabinete de crise está reunido desde o início da manhã, até o fechamento desta matéria não se pronunciou sobre o anúncio feito pelo governador de São Paulo.
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Márcio França admitiu que o governo federal tem dificuldades financeiras para solucionar o impasse. Ele pediu também que o Congresso Nacional vote os projetos pendentes sobre valor mínimo do frete e a Lei Geral dos Transportes.
Multas
A Advogada-geral da União, Grace Mendonça, encaminhou neste domingo (27) às forças de segurança que atuam na paralisação dos caminhoneiros uma orientação sobre aplicação de multas. O parecer da AGU atende liminar concedida na sexta-feira (26) pelo Supremo Tribunal Federal (STF) para desbloqueio de rodovias federais e estaduais.
Caso não acatem à decisão do STF, as entidades responsáveis pela greve que descumprirem a determinação estão sujeitas a multa de R$ 100 mil por hora. Já os motoristas autônomos que participam da mobilização podem ser responsabilizados com multa de R$ 10 mil.
* Com informações da Agência Brasil
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