Ao mesmo tempo em que o governo federal negocia o fim da paralisação dos caminhoneiros, que chegou ao sétimo dia neste domingo (27), os petroleiros organizam uma greve nacional “de advertência“. A paralisação de 72 horas vai começar na próxima quarta-feira (30). A mobilização é liderada pela Federação Única dos Petroleiros (FUP) e sindicatos filiados.
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Já para este domingo, os petroleiros preparam atrasos e cortes de rendição nas quatro refinarias e fábricas de fertilizantes: Rlam (BA), Abreu e Lima (PE), Repar (PR), Refap (RS), Araucária Nitrogenados (PR) e Fafen Bahia. Antes da greve , a FUP e seus sindicatos ainda promovem o Dia Nacional de Luta, com atos públicos e mobilizações, na próxima segunda-feira (28).
Por meio de nota, a FUP informou que a paralisação dos petroleiros pretende pressionar o governo federal a reduzir os preços do gás de cozinha e dos combustíveis, também é uma manifestação contra a eventual proposta de privatização da Petrobras e a gestão do presidente da empresa, Pedro Parente.
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“A greve de advertência é mais uma etapa das mobilizações que os petroleiros vêm fazendo na construção de uma greve por tempo indeterminado, que foi aprovada nacionalmente pela categoria”, diz o comunicado da FUP.
Protestos dos caminhoneiros
A Polícia Rodoviária Federal (PRF) informou que, no sétimo dia de paralisação, os caminhoneiros ainda promovem bloqueios em 554 trechos de rodovias de 22 estados e no Distrito Federal, conforme balanço apurado até o início da madrugada.
As autoridades mobilizadas nas ações de desbloqueio de rodovias já conseguiram desobstruir 625 interdições desde o início da paralisação dos caminhoneiros , ainda de acordo com a Polícia Rodoviária Federal.
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O governo espera encontrar soluções para a situação e acabar com a greve da categoria ainda neste domingo. O ministro da Secretaria de Governo, Carlos Marun, levou ao presidente Michel Temer uma série de propostas apresentadas por lideranças do movimento em reunião realizada na noite do último sábado (26), na cidade de São Paulo.