Foram quatro dias de paralisação de caminhoneiros até que o governo federal e os representantes das manifestações anunciassem na noite dessa quinta-feira (24) um acordo para suspender temporariamente os protestos e bloqueios nas estradas que estão deixando assustados todos os brasileiros.
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As reinvidicações dos caminhoneiros passavam pela Petrobras manter estável por um mês o preço do diesel e os impostos que incidem sobre os combustíveis, como a Cide, serem zerados pelo governo. De acordo com o ministro da Fazenda, Eduardo Guardia, o governo arcará com os custos da manutenção do preço do diesel, aliviando a Petrobras do prejuízo.
O Planalto também concordou em negociar com os órgãos responsáveis a respeito das multas de que foram submetidos os caminhoneiros nos dias em que durou a greve.
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Porém, na manhã desta sexta-feira (25), o que se via nas ruas e estradas é que o acordo não foi respeitado por todos os manifestantes . Os protestos de caminhoneiros contra a alta do diesel seguem em 24 estados e também no Distrito Federal e chegam a afetar alguns portos, incluindo o de Santos, o maior e mais importante do País e ainda o aeroporto de Brasília, que em estado crítico, cancelou voos nesta manhã.
O ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, afirmou hoje que é preciso dar um tempo para os líderes da categoria conversarem com as bases e que os efeitos do acordo não serão sentindos imediatamente. "Eles assinaram (o acordo). É isso que foi dito, é isso que está escrito. Eles vão levar às suas bases. Então nós temos que dar também um tempo. Isso não é imediatamente. Eles vão levar os dados todos às suas bases", diz Padilha .
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Em São Paulo, o prefeito Bruno Covas decretou estado de emergência. A medida possibilita que a prefeitura faça compras sem licitação, requisite ou apreenda bens privados, como por exemplo o combustível que esteja estocado em um posto.
No meio desse mar de informações desencontradas está a população. Rendidas e assutadas, as pessoas estão cansadas dos impostos abusivos e tendem a apoiar a greve dos caminhoneiros, mas por outro lado não sabe até quando vão ter alimentos na sua mesa. Uma grande sinuca.
Todas as manifestações são válidas, mas precisam ter resultado e não podem acabar com o movimento de um País. O governo já cedeu e agora os caminhoneiros precisam cumprir o lado deles no acordo. O Brasil precisa voltar a andar e o cidadão precisa ter a certeza que terá alimentos, combustíveis, saúde e transporte