O vice-governador de São Paulo, Márcio França (PSB) , já discursa visando as eleições para o governo do estado. Mirando seu principal adversário, o prefeito da capital paulista, João Doria (PSDB), França comentou o afastamento iminente do tucano da prefeitura para disputar o pleito de outubro.
Leia também: Rio precisa de triplo de recursos prometidos por Temer, estima general
“O problema do Doria é não cumprir a palavra”, disse ao jornal Folha de S.Paulo . “Ele deu a palavra a todos nós paulistanos de que cumpriria o mandato dele. À medida que não cumpre, as pessoas ficam desconfiadas. Acho que isso vai ter uma consequência grande para ele”, comentou.
Vice-governador e aliado de Geraldo Alckmin (PSDB) , França minimizou o fato de os tucanos não apoiarem abertamente sua candidatura. Para ele, é “natural” que o partido conte com um candidato no estado após tantos anos governando-o.
Contudo, ele adiantou que convidou Alckmin para inaugurações de obras no estado que acontecerão após o tucano deixar o governo para se candidatar à Presidência.
Em discurso a uma plateia de prefeitos na segunda-feira (19), o próprio Alckmin tratou de elogiar seu vice. “Deixarei o governo nas mãos firmes e honradas de Márcio França”, exaltou o presidenciável.
Doria vs França
Sempre buscando distanciar-se de polêmicas, o governador Geraldo Alckmin tem elogiado tanto França quanto Doria, ao mesmo tempo em que se nega a explicitar apoio a um ou outro. Perguntado pelo Estadão se pedirá ao eleitor votos para ambos os candidatos, o tucano disse que “a campanha só começa em agosto”.
Leia também: Gilmar Mendes critica ‘omissão’ do STF ao não julgar pedido de Lula
Por um lado, Alckmin disse que França está “preparado” para assumir o governo e que sua candidatura é “extremamente legítima”. Por outro, afirmou que Doria é o candidato de seu partido e que eles “estarão juntos” – muito embora o governador não tenha comparecido na comemoração da vitória do prefeito nas prévias do PSDB para o governo do estado.
Doria, por sua vez, subiu o tom contra seu adversário. Afirmou que França é de “extrema esquerda”, e que caberá ao povo, e não a França, julgá-lo por descumprir a promessa de concluir o mandato à frente da prefeitura.
Leia também: Colega de bancada de Marielle, vereadora recebeu ameaça de morte