Presidente Michel Temer não escondeu sua insatisfação ao ser incluído em inquérito sobre propina da Odebrecht
Marcos Corrêa/PR - 1.3.18
Presidente Michel Temer não escondeu sua insatisfação ao ser incluído em inquérito sobre propina da Odebrecht

O presidente Michel Temer se reúne nesta segunda-feira (12) com líderes e vice-líderes de partidos da base aliada no Congresso. O encontro, marcado para o fim da tarde no Palácio do Planalto, visa mobilizar os apoiadores do governo na defesa do presidente, que teve a imagem arranhada por conta da repercussão de investigações contra si no Supremo Tribunal Federal (STF).

A preocupação dos aliados do presidente já havia sido manifestada ao longo da semana passada após o ministro do STF Luís Roberto Barroso ter autorizado a quebra do sigilo bancário de Michel Temer no âmbito das investigações sobre o Decreto dos Portos. Por conta disso, os ministros Eliseu Padilha (Casa Civil) e Carlos Marun (Secretaria de Governo) fizeram questão de buscar a imprensa para garantir que Temer "não tem nada a esconder" .

No sábado (10), Temer visitou a presidente do Supremo, ministra Cármen Lúcia , em sua residência oficial em Brasília. O presidente disse a jornalistas após o encontro que o assunto tratado na reunião foi a intervenção federal na segurança pública do Rio de Janeiro. Segundo reportou a Folha de S.Paulo , por outro lado, Temer propôs a reunião ao longo do fim de semana para manifestar a Cármen Lúcia sua insatisfação com o fato de ter sido  incluído no ról de investigados no inquérito que apura propina da Odebrecht ao seu partido, MDB.

Temer se revoltou com a sua inclusão em nova investigação

Essa inclusão foi determinada pelo relator do inquérito, ministro Edson Fachin, atendendo a recomendação da procuradora-geral da República , Raquel Dodge. Temer  chegou a enviar carta a Dodge na semana passada defendendo a tese de que um presidente da República não pode ser investigado por fatos anteriores ao seu mandato.

Os fatos investigados nesse inquérito se referem a um acerto de doações via caixa dois da Odebrecht ao MDB para a campanha eleitoral de 2014. Os valores teriam sido acertados entre executivos da empreiteira, Temer e o ministro Padilha em jantar realizado no Palácio do Jaburu em abril daquele ano. Também é investigado nesse inquérito o ministro Moreira Franco.

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