Declarações de Michel Temer foram dadas ao comentar o pedido da Procuradoria Geral da República
Marcelo Camargo/Agência Brasil - 16.02.2018
Declarações de Michel Temer foram dadas ao comentar o pedido da Procuradoria Geral da República

O presidente Michel Temer (MDB) classificou como “pífias” as denúncias contra ele. Em entrevista à rádio Jovem Pan, nesta quarta-feira (28), o presidente subiu o tom e afirmou que não vai "tolerar" acusações de que tenha praticado atos de corrupção.

As declarações de Michel Temer foram dadas ao comentar o pedido da Procuradoria Geral da República (PGR) para incluí-lo entre os investigados no caso do suposto repasse de R$10 milhões da empreiteira Odebrecht em propinas ao MDB em 2014.

A investigação apura se procede a informação de delatores da Odebrecht sobre o repasse. De acordo com Cláudio Melo Filho, executivo da empresa na época, em um jantar realizado no Palácio do Jaburu, residência oficial da vice-presidência da República –ocupada então por Temer -, teriam sido acertado valores e contrapartidas por parte do partido.

“Digo com a maior tranquilidade as denúncias [contra mim] são pífias, hoje veio a luz o esquema, pelos vários depoimentos que foram catalogados. Gente que me acusou foi para a cadeia ou foi desmoralizada, o povo brasileiro sabe”, respondeu o presidente. “Não vou tolerar que minha atuação é ligada à corrupção", afirmou. 

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Demissão na direção-geral da PF

Na entrevista, o presidente informou ainda que Fernando Segovia, demitido nesta terça da direção-geral da Polícia Federal, passará a atuar como adido especial na Itália.

Segovia foi demitido do cargo pelo ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, novo responsável pela Polícia Federal. Jungmann indicou para função Rogério Galloro, atual secretário nacional de Segurança Pública. De acordo com o presidente, o ministro terá autonomia para montar a equipe na pasta.

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Michel Temer justificou sua indicação de Segovia para o cargo afirmando que “houve zero conotação política”. “O nome dele me foi trazido por 5 ou 6 associações da PF, vários setores apoiando seu nome e mais dois, optei por ele e depois disseram que houve influência de A,B e C, não houve, como agora com a nomeação de [Rogério] Galloro; é questão meramente profissional”, concluiu o presidente.

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