Encontro entre Michel Temer e Cármen Lúcia ocorreu na residência da presidente do STF e não constava na agenda oficial
TV Globo/Reprodução
Encontro entre Michel Temer e Cármen Lúcia ocorreu na residência da presidente do STF e não constava na agenda oficial

Dias após ter a quebra do sigilo bancário decretada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luís Roberto Barroso, o presidente Michel Temer fez uma visita neste sábado (10) à presidente do STF, a ministra Cármen Lúcia. O emedebista, porém, negou que a conversa tenha tratado de qualquer investigação.

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Temer afirmou que durante o encontro, que não constava em sua agenda oficial, ele e Cármen Lúcia conversaram sobre segurança pública e a intervenção federal decretada no estado do Rio de Janeiro há algumas semanas. A reunião foi realizada na casa da presidente do STF.

Ao sair do local, o presidente disse que Cármen Lúcia se comprometeu em colaborar nos assuntos de segurança, tanto no Rio de Janeiro como em outros estados. A situação dos presídios brasileiros também foi discutida entre os dois, segundo a assessoria de imprensa do Palácio do Planalto.

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Após a reunião, o presidente recebeu no Palácio do Jaburu os ministros da Secretaria-Geral da Presidência, Moreira Franco, e da Fazenda, Henrique Meirelles. A pauta do encontro, no entanto, ainda não foi divulgada.

Quebra de sigilo

É a primeira vez que um presidente da República em exercício de mandato tem o sigilo bancário rompido pela justiça. A decisão de Barroso se deu em 27 de fevereiro, mas só foi revelada à imprensa na noite de segunda-feira (5).

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A quebra de sigilo se refere ao período de 1º de janeiro de 2013 a 30 de junho de 2017 e tem por objetivo auxiliar a investigação contra Temer no inquérito sobre a Medida Provisória (MP) dos Portos. O presidente é suspeito de ter aceitado propina da Rodrimar , empresa que opera o porto de Santos, em São Paulo, em troca de favorecimento ao grupo por meio da edição do decreto que regulamenta contratos de concessão e arrendamento do setor portuário.

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