Mesmo com a possibilidade de ser impedido pela Justiça Eleitoral de disputar as eleições presidenciais deste ano, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) lidera com folga a corrida pelo cargo mais alto do Poder Executivo. As informações são de uma pesquisa CNT/MDA divulgada nesta terça-feira (6).
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De acordo com o levantamento da Confederação Nacional do Transporte ( CNT ), no cenário em que aparece como uma das opções, Lula lidera a corrida presidencial com 33,4% das intenções de voto, frente aos 16,8% alcançados pelo segundo lugar, o deputado federal Jair Bolsonaro (PSC-RJ).
Quando o petista é descartado das opções, Bolsonaro aparece em primeiro lugar. O resultado se repetiu em todos os cenários, sendo que o deputado, com uma média de 20% das intenções de voto, é sempre seguido pela ex-senadora Marina Silva (Rede).
Segundo a pesquisa, se as eleições fossem hoje, ao substituir Lula pelo ex-prefeito paulistano, Fernando Haddad , o PT conquistaria apenas 2,3%, 2,4% ou 2,9% das intenções de voto, resultados semelhantes aos alcançados pelo senador Fernando Collor (PTC-AL) nos mesmos cenários.
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Segundo turno
Quando perguntados sobre as intenções de voto no segundo turno, os brasileiros que participaram da pesquisa foram categóricos: Lula vestiria a faixa presidencial, seja qual fosse o adversário direto.
Mantendo a tradicional batalha PT versus PSDB, contra o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin , Lula conquistaria 44,5% dos votos, contra 22,5% do tucano.
Se o segundo turno fosse disputado hoje entre o ex-presidente petista e Bolsonaro, Lula teria 44,1% dos votos contra 25,8% alcançados pelo deputado.
Porém, a situação do petista com a Justiça dá outro tom à disputa. Afinal, sem Lula, Bolsonaro, Marina e Alckmin aparecem empatados tecnicamente no segundo turno, seja qual for a disputa.
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Em um suposto segundo turno entre Bolsonaro e Marina, Bolsonaro e Alckmin ou Alckmin e Marina, quem ganha mais intenções de voto é a opção "branco/nulo", com uma média de 41%.
A pesquisa CNT/MDA foi realizada no período entre o dia 28 de fevereiro e 3 de março. Foram ouvidas 2.002 pessoas, em 137 municípios de 25 Unidades Federativas, das cinco regiões. E a margem de erro é de 2,2 pontos percentuais com 95% de nível de confiança.