O presidente Michel Temer (MDB) já tem destino certo no carnaval. Ele e a família viajarão para a Restinga de Marambaia, no Rio de Janeiro, em uma região reservada da Marinha brasileira. As informações são do jornal O Globo .
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Os ex-presidentes Fernando Henrique Carodoso (PSDB) e Lula (PT) também já passaram temporadas no balneário. O inusitado da viagem de Temer, contudo, é o tamanho da imensa equipe que acompanhará a família: entre seguranças, babás, cozinheiros, garçons, camareira e copeiros, serão 60 funcionários.
Para transportar tanta gente, o avião da Força Aérea Brasileira (FAB) precisará fazer duas viagens. De acordo com O Globo , somente Marcela exigiu o acompanhamento de 20 empregados.
O presidente e sua família devem viajar na sexta-feira.
Caronas da FAB
Embora o uso de aviões da FAB por autoridades não seja expressamente proibido, algumas distorções aconteceram nos últimos anos e levantaram questionamentos sobre o benefício.
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Ministros de Temer teriam levado esposas, filhos, mães, colegas e até lobistas em voos oficiais, o que é proibido.
Em dezembro do ano passado, A Comissão de Ética Pública da Presidência da República a abriu processo para investigar o uso de aviões por ministros que teriam levado parentes e amigos.
“A comissão entendeu que é imperativo requerer esclarecimentos a essas autoridades. Que haja a devida justificativa, se houver, do uso dessas aeronaves e a presença dessas pessoas estranhas aos órgãos públicos nas viagens”, disse o presidente da comissão, Mauro Menezes.
Foram abertas investigações sobre os ministros e ex-ministros Helder Barbalho (Integração Nacional), Gilberto Kassab (Ciência, Tecnologia e Comunicações), Sarney Filho (Meio Ambiente), Dyogo Oliveira (Planejamento, Desenvolvimento e Gestão), Maurício Quintela (Transportes, Portos e Aviação Civil), Antonio Imbassahy (ex- Secretaria de Governo) e Bruno Araújo (ex- Cidades).
Entre os casos listados, o do ministro dos Transportes de Temer, Maurício Quintela , é um dos mais surpreendentes. O ministro já levou em um mesmo voo 25 pessoas, entre deputados, senadores e diretores de órgãos do governo ligados à pasta. Nenhuma delas têm autorização para utilizar os aviões da FAB.
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