O casal é investigado na Operação Maus Caminhos, que apura desvios de verbas na Saúde
Reprodução/TV Globo
O casal é investigado na Operação Maus Caminhos, que apura desvios de verbas na Saúde

Flagrada por câmeras de segurança enquanto coordenava o arrombamento de caixas de armazenamento, Edilene Oliveira, ex-primeira-dama do Amazonas , teve sua prisão preventiva decretada pela Justiça federal do estado nesta quinta-feira (4).

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Ela e seu marido, o ex-governador José Melo (Pros), caçado pelo Tribunal Superior Eleitoral em maio de 2017 por compra de votos nas eleições de 2014 e que também está preso, são investigados na Operação Maus Caminhos , que trata de desvios de verbas públicas na Secretaria de Saúde do Amazonas.

De acordo com a investigação do Ministério Público, Edilene violou os guarda volumes que se encontravam na empresa Paraguardar no dia 23 de dezembro, um dia após uma operação de busca e apreensão que visou apurar os tais desvios.

No pedido de prisão, o MP afirmou que há evidências de que o casal segue na prática criminosa e atua para mitigar as investigações. Ainda de acordo com o MP, os dois teriam intimidado testemunhas que estava para prestar depoimento.

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No despacho em que acatou o pedido de prisão, a juíza Jaíza Fraxe afirmou que abundam provas e testemunhos que amparam as acusações de que R$120 milhões foram desviados do Fundo Estadual de Saúde. Acrescentou, ainda, que a ex-primeira-dama e seu marido atentam “contra o equilíbrio do meio social”.

Em sua decisão, a juíza também converteu a prisão de José Melo de temporária, cujo prazo é de cinco dias, para preventiva, de prazo indeterminado. O ex-governador foi preso no dia 31 de dezembro. Além dele, três de seus ex-secretários de governo, Wilson Alecrim (Saúde), Evandro Melo (Administração) e Afonso Lobo (Fazenda), foram também encarcerados.

O que deflagrou as investigações foi a divulgação de ligações telefônicas entre o irmão do ex-governador e o médico Mouhamad Moustafa, tido pelo MP como um dos cabeças do esquema de corrupção.

Edilene Oliveira e José Melo são investigados por peculato (desvio de verbas públicas no estado do Amazonas), fraude em licitação, lavagem de dinheiro e formação criminosa. Os dois alegam ser inocentes.

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