A executiva nacional do PMDB ratificou nesta quarta-feira (6) a decisão da bancada do partido na Câmara dos Deputados em fechar questão em relação à votação da reforma da Previdência – que ainda não tem data para acontecer. Isso significa que o peemedebista que não seguir a orientação do partido e votar contra a proposta poderá receber punição.
Com a decisão, o PMDB se tornou o primeiro partido a firmar um posicionamento unitário pela aprovação da reforma da Previdência , projeto considerado fundamental pelo Planalto para o equilíbrio das contas do governo. O partido possui 60 deputados no exercício do mandato, contingente que pode ser determinante para a aprovação da proposta, que precisa de ao menos 308 votos favoráveis.
"O PMDB espera que outros partidos possam seguir a mesma posição. É importante PMDB puxar cordão dos partidos que tem responsabilidade com o futuro", afirmou o presidente nacional da agremiação, senador Romero Jucá (RR). "Passada a votação na Câmara, o Senado vota a reforma em fevereiro de 2018", assegurou Jucá, que é o líder do governo no Senado.
A legenda ainda não divulgou os detalhes do fechamento de questão. Em ocasiões anteriores, como na votação para barrar a segunda denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) contra o presidente Michel Temer, a cúpula do partido determinou que os 'infiéis' seriam punidos com a suspensão temporária de suas funções partidárias. Isso implica no impedimento do deputado em participar de comissões na Câmara, e de exercer atividades na bancada do partido e nos diretórios da agremiação.
Na defesa de Temer, o conselho de ética peemedebista também já decidiu expulsar a senadora Kátia Abreu
dos quadros da legenda. Ex-ministra e aliada de Dilma Rousseff, Kátia vinha fazendo reiteradas críticas contra o presidente Temer.
A reforma que parou
O pacote de alterações nas regras para o acesso à aposentadoria ainda não tem data para ser votado no plenário da Câmara dos Deputados. O texto da reforma está pronto para ir à votação desde maio, mas teve sua tramitação interrompida por conta do surgimento das denúncias contra o presidente Temer.
O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), tem reconhecido que não agendou a votação até agora pois o governo ainda não possui os votos suficientes para aprovar o projeto.
Na manhã desta quarta-feira, o presidente Temer (PMDB) se reuniu com líderes da base aliada e ministros para contabilizar os votos já garantidos a favor da reforma da Previdência. As previsões mais otimistas, no entanto, davam conta de 290 votos – número ainda abaixo dos 308 necessários.
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