O ex-secretário da Casa Civil do governo Sérgio Cabral, Regis Fichtner, preso na semana passada na Operação C'est Fini
Tânia Rêgo/Arquivo/Agência Brasil
O ex-secretário da Casa Civil do governo Sérgio Cabral, Regis Fichtner, preso na semana passada na Operação C'est Fini

O ex-secretário da Casa Civil do governo Sérgio Cabral, Regis Fichtner, preso na semana passada na Operação C'est Fini , conseguiu liberdade na noite da quinta-feira (30), concedida pelo desembargador federal Paulo Espirito Santo, do Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF2). Ele deixou ontem a Cadeia Pública José Frederico Marques, em Benfica, mas deverá se apresentar à Justiça a cada 60 dias.

O desembargador decidiu pela soltura de Fichtner, como também impôs, além da apresentação regular à Justiça, a proibição de sair do País. O mérito do habeas corpus  do ex-secretário de Cabral ainda será julgado pela Primeira Turma Especializada do TRF2, sem data definida. As informações são da assessoria do tribunal.

O ex-secretário da Casa Civil no Rio de Janeiro foi detido pela Polícia Federal (PF) no último dia 23, na operação “C’est fini”, por suspeita de receber propina de R$ 1,6 milhão de construtoras e empreiteiras e repassar para outros políticos do governo.

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Além de Régis Fichtner , outras quatro pessoas também foram presas preventivamentes a pedido do juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal Criminal. Entre os presos estão  o empresário Georges Sadala - suspeito de ser o operador financeiro do esquema montado pelo ex-governador - e os engenheiros Maciste Granha de Mello Filho e Henrique Alberto Santos Ribeiro, acusados de favorecimento no esquema de propina, que chegou a desviar R$ 21 milhões.

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Recurso

O Ministério Público Federal ( MPF ) informou nesta quinta-feira que aguarda a comunicação oficial da decisão do tribunal para entrar com um recurso contra a soltura do ex-secretário de Sérgio Cabral. “O Núcleo Criminal de Combate à Corrupção do MPF na 2ª Região tomou conhecimento pela imprensa de que o habeas corpus em nome de Fichtner foi atendido e vai contestar essa decisão na expectativa de que a 1ª Turma do TRF2 siga o entendimento da 7ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro pela necessidade da prisão preventiva decretada como parte das investigações da Operação C'Est Fini”, disse o órgão em nota.

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