Em discurso nesta quarta-feira (15), o presidente da República, Michel Temer, afirmou que vê pessoas "preocupadas com o que está acontecendo no Brasil" e que os brasileiros têm uma "tendência a caminhar para o autoritarismo ".
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"Se não prestigiarmos certos princípios constitucionais, a nossa tendência é caminhar para o autoritarismo, para uma certa centralização. Nós, o povo brasileiro, temos até, digamos, uma certa tendência à centralização", disse Michel Temer .
A declaração de Temer foi feita em Itu, no interior de São Paulo, no início da tarde, durante cerimônia de concessão do título de cidadão ituano a seu amigo, o advogado e administrador José Eduardo Bandeira Mello.
Nesta quarta, Temer 'transferiu' a capital do País para Itu
, por conta de sua agenda e da importância histórica de Itu no Dia da Proclamação da República.
Em Itu foi dado o primeiro passo, em 1873, do movimento que desaguaria na Proclamação da República, 16 anos depois.
O presidente tocou no assunto do autoritarismo ao fazer uma retomada histórica dos momentos em que o País viveu ditaduras no século passado, como o governo de Getúlio Vargas e o regime militar.
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De acordo com o presidente, tais movimentos não foram apenas fruto de golpes de Estado, mas ocorreram por vontade do povo, porque "o povo também queria".
Independência dos três poderes
Afirmando que seu governo não pode ser considerado um governo autoritário, Temer defendeu a democracia. Para isso, ele citou como exemplo da filosofia de sua gestão o respeito à independência dos três poderes e também o apoio à estrutura federativa, apoiando a autonomia de estados e município. “Nós só fazemos reforçá-la”, afirmou.
O presidente disse que vem sofrendo contestações, que estão sendo superadas. “Vários eventos que tentaram paralisar o governo”, disse, mas argumentou que tem conseguido avançar com diálogo.
Por fim, o presidente Michel Temer definiu seu governo como focado na responsabilidade fiscal e social e listou o que considera seus principais feitos até agora: a definição do teto dos gastos públicos; a queda do desemprego, da inflação e dos juros e a recuperação da credibilidade do país nos organismos internacionais.
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* Com informações da Agência Brasil.