Para Maia, medida vai ajudar a fazer com que os deputados não se ausentem no dia da votação da denúncia contra Temer
Reprodução - 2.8.17
Para Maia, medida vai ajudar a fazer com que os deputados não se ausentem no dia da votação da denúncia contra Temer

Nenhum deputado terá permissão para viajar ao exterior em missão oficial na semana do dia 23 de outubro. A ordem veio do presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), que informou nesta segunda-feira (2) a medida, com o intuito de garantir quórum alto no plenário quando acontecer a votação da segunda denúncia contra o presidente Michel Temer.

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A decisão de Maia se deu quando pelo menos sete deputados já haviam solicitado à Câmara suas ausências no dia da votação em plenário na semana do dia 23 a fim de participarem de eventos oficiais internacionais.

Antes, a denúncia precisa ser apreciada pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). Então, independente de parecer positivo ou não, ela deverá seguir para o plenário. A ideia é que a denuncia seja colocada em questão no dia 23 ou 24 de outubro , de acordo com o presidente da Câmara.

Para ele, devido a importância do caso, a decisão precisa representar uma maioria significativa na Casa. Para que o processo continue, é preciso que pelo menos 342 deputados votem a favor, o que irá significar três quintos dos 513 políticos.

“A gente vai votar dia 23 ou 24, naquela semana, já que o presidente da CCJ disse que vota na semana posterior ao feriado. [...] Já avisei a assessoria internacional que não libere nenhum parlamentar para viagem naquela semana [do dia 23], para que a gente tenha o maior número possível de deputados e deputadas para que todos possam votar a denúncia”, declarou Maia.

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Denúncia

A segunda denúncia contra o presidente foi apresentada ao STF pelo então procurador-geral da República, Rodrigo Janot, no dia 14 deste mês. Temer é acusado de praticar os crimes de tentativa de obstrução à Justiça e de organização criminosa junto a integrantes do chamado "quadrilhão do PMDB na Câmara ".

O ról de acusados por organização criminosa inclui, além do presidente, os ministros Eliseu Padilha (Casa Civil) e Moreira Franco (Secretaria-Geral); os ex-presidentes da Câmara Eduardo Cunha e Henrique Eduardo Alves; o ex-ministro Geddel Vieira Lima e o ex-assessor especial de Temer Rodrigo Rocha Loures.

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