A dois meses de deixar o cargo, o procurador-geral da República (PGR), Rodrigo Janot, participou neste sábado (1º) do Congresso Internacional de Jornalismo Investigativo, da Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji), em São Paulo. No evento, ele falou sobre o desenrolar da Operação Lava Jato , além das perspectivas de combate à corrupção no Brasil.
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Um dos tópicos abordados pela plateia de jornalistas e estudantes no painel "Desafios no Combate à Corrupção: a Operação Lava Jato" foi a liberdade concedida ao ex-deputado Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR) pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Edson Fachin, na última semana. Para Rodrigo Janot , a saída do ex-assessor do presidente Michel Temer faz parte do processo.
"Cada um de nós tem seu entendimento jurídico sobre as questões. O que eu posso dizer é que o Ministério Público tem a mão mais pesada que os outros atores de Justiça".
O ex-deputado Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR) foi liberado da prisão em que estava, na Superintendência da Polícia Federal, em Brasília. Ele esteve em Goiânia para colocar uma tornozeleira eletrônica e, em seguida, voltou a Brasília e foi para casa na tarde deste sábado. Na sexta-feira (30), Fachin, que é relator das ações da Lava Jato na Corte, determinou que Rocha Loures deveria ser solto da cadeia em que estava há pouco mais de um mês.
Delação da JBS
Em relação à imunidade concedida a Joesley e Wesley Batista, sócios da J&F, dona da JBS , Janot afirmou que os irmãos garantiram entregar autoridades e não abriram mão do benefício da delação.
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"Se eu não tivesse dado imunidade, não tinha acordo. Se não tivesse acordo, não tinha investigação. E se não tivesse investigação, não cessava o crime”. Para ele, a delação não significa que os irmãos não sejam criminosos. "Continua sendo bandido. É réu colaborador".
Ainda sobre os irmãos Batista, o procurador-geral voltou a elogiar a decisão do Supremo Tribunal Federal ( STF ), tomada na última quinta (29), de validar a delação dos executivos da JBS. "A decisão é fantástica. Ela salvou o instituto da delação premiada".
Michel Temer
Sobre a denúncia contra o presidente Michel Temer , ele disse que denunciar o presidente do país não é uma tarefa fácil. "Queria passar ao largo disso, mas tenho que cumprir minha missão".
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Para Rodrigo Janot, a escolha de Raquel Dodge, para sua sucessora na PGR, foi legítima. “O importante é que o nome escolhido seja da lista. A lista é tríplice, não é eleição direta. E dentro da lista você escolhe um dos três. A escolha foi legítima”.
*Com informações da Agência Brasil