Senador Aécio Neves foi afastado do cargo após conteúdo de delação de Joesley Batista ser divulgado
Edilson Rodrigues/Agência Senado - 25.8.16
Senador Aécio Neves foi afastado do cargo após conteúdo de delação de Joesley Batista ser divulgado

O primo do agora senador afastado Aécio Neves (PSDB)  foi preso preventivamente na manhã desta quinta-feira (18) pela Polícia Federal. A informação surge momentos após a irmã do presidente nacional do PSDB ser detida em Belo Horizonte.

O primo de Aécio Neves , Frederico Pacheco de Medeiros, conhecido como Fred, foi mencionado pelo dono da JBS, o empresário Joesley Batista, como o responsável por receber uma mala com R$ 2 milhões  solicitados por Aécio.

De acordo com informações do jornal O Estado de S. Paulo, também foram detidos hoje o assessor do senador Zezé Perrela (PMDB-MG), Menderson Souza Lima e a irmã do operador financeiro Lucio Funaro, chamada Roberta.

Os mandados de prisão preventiva foram autorizados pelo Supremo Tribunal Federal (STF) com base na delação de Joesley Batista.

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Entenda o caso contra Aécio

Joesley Batista entregou à Procuradoria-Geral da República (PGR) uma gravação na qual Aécio pede R$ 2 milhões ao empresário para ajudar a pagar a sua defesa na Lava Jato. A informação foi divulgada na noite desta quarta-feira pelo jornal O Globo .

O dinheiro teria sido entregue a Frederico Pacheco de Medeiros, o Fred, que é primo de Aécio e coordenou a campanha do tucano para o planalto. "Tem que ser um que a gente mata ele antes de fazer delação. Vai ser o Fred com um cara seu. Vamos combinar o Fred com um cara seu porque ele sai de lá e vai no cara", teria dito Aécio, em conversa gravada. Um dos quatro pagamentos de R$ 500 mil foi filmado pela Polícia Federal. Quem entregou o dinheiro ao primo de Aécio foi o diretor de Relações Institucionais da JBS, Ricardo Saud, hoje um dos delatores.

A PF seguiu Fred, que foi filmado repassando a pagamento a Mendherson Souza Lima, assessor parlamentar de do senador Zezé Perrela (PSDB-MG), amigo pessoal e aliado político de Aécio. Ainda segundo a reportagem, o dinheiro teria sido rastreado até uma empresa que pertence a Gustavo Perrela, filho de Zezé Perrela. Não existe, segundo a PGR, nenhuma indicação de que o dinheiro tenha sido repassado para algum advogado de Aécio Neves.



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