O ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), liberou uma denúncia contra o senador Valdir Raupp (PMDB-RO) para que seja julgada pela Segunda Turma da Corte, colegiado responsável por apreciar os processos relacionados à Operação Lava Jato.
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A Segunda Turma decidirá se a denúncia contra o senador
será aceita, tornando o senador réu, ou não. Os ministros Gilmar Mendes, Dias Tóffoli, Ricardo Lewandowski e Celso Mello compõem o colegiado. A data do julgamento deve ser marcada em breve.
A denúncia contra Raupp foi apresentada pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, em setembro do ano passado. Segundo a acusação, o peemedebista teria recebido uma quantia de R$ 500 mil em propina da construtora Queiroz Galvão, em 2010, por meio de doação eleitoral ao diretório do PMDB em Rondônia.
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O repasse teria sido intermediado pelo então diretor de Abastecimento da Petrobras, Paulo Roberto Costa, que, em troca, receberia a influência política de Raupp para se manter no cargo executivo e, dessa maneira, continuar permitindo que houvesse esquema de corrupção na estatal.
Quem fazia a ponte entre o empresário e o Raupp era Fernando Falcão Soares, o Baiano, apontado como operador financeiro do PMDB. Tanto Baiano quanto Paulo Roberto firmaram o esquema de delação premiada com o Ministério Público Federal (MPF). A origem do dinheiro do esquema viria do doleiro Alberto Yousseff, segundo a denúncia.
Baiano, Yousseff e Paulo Roberto possuem acordos de colaboração premiada firmados com a Justiça, nos quais descrevem a transação do dinheiro citado.
Defesa nega acusações
A defesa de Valdir Raupp rebate as acusações entregues por Janot, afirmando que o procurador-geral deseja promover uma “criminalização de contribuição oficial de campanha”. Também aponta que a acusação é realizada com base em delações de pessoas presas, não havendo provas documentais.
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Valdir Raupp é titular da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, a qual irá realizar a sabatina do ministro da Justiça afastado, Alexandre de Moraes, na próxima semana. Moraes foi indicado pelo presidente Michel Temer para ocupar a vaga no Supremo Tribunal Federal deixada por Teori Zavascki, morto em um acidente de avião no mês passado.
*As informações são da Agência Brasil