Marisa Letícia teve morte cerebral na última quinta-feira, mas o hospital só confirmou a sua morte nesta sexta
Arquivo/Agência Brasil
Marisa Letícia teve morte cerebral na última quinta-feira, mas o hospital só confirmou a sua morte nesta sexta

O velório da ex-primeira-dama Marisa Letícia Lula da Silva acontece das 9h às 15h deste sábado (4), no Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, em São Bernardo do Campo, na Grande São Paulo. O corpo, que deixou o Hospital Sírio-Libanês, na capital paulista, por volta das 7h30, chegou ao Sindicato às 9h, onde é velado em cerimônia particular. Mais tarde, o velório será aberto ao público e aos jornalistas.

O corpo de Marisa será cremado após ser velado, em cerimônia particular que será realizada no cemitério Jardim da Colina, na mesma cidade. A morte da esposa do ex-presidente Lula foi confirmada pelos médicos do Sírio-Libanês , às 18h57 desta sexta-feira (3). Marisa, de 66 anos, estava internada no hospital desde o dia 24 de janeiro, depois de sofrer um AVC (Acidente Vascular Cerebral) hemorrágico. Lula chegou ao local do velório 20 minutos antes do corpo. 

Nesta sexta, a ex-primeira-dama passou por um protocolo de averiguação de morte cerebral ao meio-dia. Havia a previsão de que nova avaliação fosse feita às 18h. No entanto, o hospital não confirmou se o procedimento chegou a ser realizado. No fim da tarde, o padre Júlio Lancellotti ministrou a ritual de extrema unção à ex-primeira-dama.

Luto

O presidente Michel Temer (PMDB) lamentou a morte da ex-primeira-dama decretou luto oficial de três dias. Em nota, o peemedebista prestou solidariedade à família Lula em seu nome e no da primeira-dama, Marcela Temer.

O decreto que determina luto oficial em todo o País foi publicado em edição extra do Diário Oficial da União, ainda nesta sexta.

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Quinta-feira (2), após confirmação da ausência de fluxo cerebral, Temer fez uma visita de condolências ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no Hospital Sírio-Libanês ao lado de ministros e outros políticos.

Trajetória

A ex-primeira-dama nasceu em São Bernardo do Campo, em 1950. Figura discreta ao lado do marido, começou a trabalhar aos 9 anos como babá na casa de um sobrinho do pintor Cândido Portinari. Cresceu em uma família de 11 irmãos e casou-se aos 19 anos com o taxista Marcos Cláudio da Silva. Três meses depois e grávida do primeiro filho, ficou viúva depois que o marido foi assassinado durante um assalto.

Em 1973, conheceu Lula no Sindicato dos Metalúrgicos e se casaram sete meses depois. Com o petista, teve três filhos. Também compõem a família Marcos, filho do primeiro marido, e a enteada Lurian, filha de outro relacionamento de Lula. Ela esteve ao lado do ex-presidente durante sua ascensão política, desde os tempos de sindicato, passando pela fundação do PT – que ajudou a criar – até a Presidência da República, em 2003.

Durante os oito anos em que esteve no Palácio da Alvorada, não encabeçou projetos sociais, função comum às primeiras-damas anteriores, e deixava os holofotes para o marido. Entretanto, durante as campanhas presidenciais de Lula, participava de comícios, passeatas e outros compromissos. Em 2011, incentivou Lula a realizar os exames que descobriram um câncer na laringe do ex-presidente. Foi ela quem cortou os cabelos e a barba do marido, antecipando os efeitos da quimioterapia.

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Em 2016, Marisa tornou-se ré em processo da Operação Lava Jato após a Justiça acatar a denúncia do Ministério Público Federal contra ela e Lula no caso do tríplex no Guarujá, no litoral paulista.

* Com informações da Agência Brasil

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