
Quatro integrantes do PCC( Primeiro Comando da Capital) foram presos na última terça-feira (1º) durante operação conjunta realizada em São Paulo, a partir de investigações conduzidas pelo MPBA (Ministério Público da Bahia), por meio do Gaeco Norte (Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas do Norte), em parceria com as Polícias Civil e Militar da Bahia e de São Paulo.
Os presos são acusados de envolvimento em homicídios ocorridos na cidade de Juazeiro, no norte da Bahia. Após o Gaeco Norte identificar a localização dos foragidos, as informações foram repassadas à Polícia Militar de São Paulo, que realizou as capturas.
Durante a operação, foram apreendidas armas de fogo — incluindo revólveres e pistolas —, munições e telefones celulares, utilizados por integrantes de facções para a coordenação de atividades ilícitas.
A ação contou com a participação de diversas unidades especializadas das forças de segurança. Do lado paulista, atuou o Pelotão de Rota (Rondas Ostensivas Táticas), unidade de elite da Polícia Militar.
Na Bahia, participaram o Comando de Policiamento Regional Norte, a Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa e a Força Integrada de Combate ao Crime Organizado na Bahia, formada por agentes das polícias Federal, Civil e Militar.
O PCC, maior facção criminosa da América Latina, tem origem em São Paulo e vem expandindo suas operações para outras regiões do país, como a Bahia, onde mantém atuação em crimes como tráfico de drogas, homicídios e lavagem de dinheiro. Em Juazeiro, a facção disputa territórios com outros grupos, como o Bonde do Maluco.
A cooperação entre as forças de segurança da Bahia e de São Paulo tem sido intensificada nos últimos anos, especialmente após a identificação de redes interestaduais do crime organizado.
A operação desta semana segue o padrão de articulação visto em ações anteriores, como a "Rota Contida", que investigou o assassinato de um policial da Rota em 2020 e levou à prisão de um dos envolvidos na Bahia.
O Gaeco Norte tem coordenado ações no combate às facções na região. Em 2020, o grupo denunciou 26 pessoas, entre elas líderes do PCC, por envolvimento com tráfico de drogas e homicídios em Salvador, consolidando sua atuação no enfrentamento ao crime organizado no estado.