A plataforma do jogo contratava influencers para vender falsas promessas de ganhos
Uma mulher, que não teve seu nome revelado, relatou ter ganhado R$ 94,9 mil no Jogo do Tigrinho,
mas enfrentou dificuldades ao tentar sacar o prêmio, levando o caso para a Justiça.
Segundo ela, foi influenciada pela digital influencer Paulinha Ferreira a participar do jogo. Ao tentar sacar o dinheiro no dia 28 de novembro de 2023, descobriu que o valor estava bloqueado pela plataforma.
Publicidade
A ganhadora, que vive de Bolsa Família
e de bicos para sustentar dois filhos, viu seu sonho de comprar uma pequena casa ser frustrado, segundo informações do Portal UOL
.
1/20
Um golpe tem feito vítimas pelo Brasil. Os criminosos estão se aproveitando do pagamento via PIX - na modalidade copia e cola - para desviar o dinheiro das pessoas. Reprodução: Flipar
2/20
Como isso acontece? O golpe surte efeito quando as vítimas realizam compras pelo computador. Reprodução: Flipar
Publicidade
3/20
O engano só é possível quando um vírus (malware) está instalado no computador ou notebook da pessoa, de acordo com a empresa de cibersegurança Kaspersky. Reprodução: Flipar
4/20
Para ter êxito, os criminosos instalam o vírus e monitoram a máquina no momento das compras on-lines. Reprodução: Flipar
Publicidade
5/20
Segundo a empresa, quando a vítima copia o código do PIX para efetuar o pagamento e cola no sistema, o vírus consegue desviar o dinheiro para uma conta diferente, no caso dos criminosos. Reprodução: Flipar
6/20
A empresa diz que esse golpe não ocorre em celulares. Reprodução: Flipar
Publicidade
7/20
A técnica não é nova, porém, é a primeira vez que acontece via PIX. Antes, esse mesmo tipo de golpe acontecia em boletos bancários e códigos de barras. Reprodução: Flipar
8/20
O vírus é chamado de GoPIX. A infecção acontece primeiro por anúncios adulterados no Google. Reprodução: Flipar
Publicidade
9/20
Como é a armadilha? Ao clicar num anúncio para um determinado site (enganoso), a pessoa acaba infectando o computador com o vírus. Reprodução: Flipar
10/20
Na sequência, portanto, o vírus passa a acompanhar a vítima até o momento de uma compra on-line - na modalidade de pagamento por PIX copia e cola (no computador). Reprodução: Flipar
Publicidade
11/20
Na hora da transferência, o valor acaba indo para a conta dos criminosos. Reprodução: Flipar
12/20
Como se proteger? A principal dica é checar o nome da empresa que irá receber o pagamento. Reprodução: Flipar
Publicidade
13/20
Ao notar alguma informação diferente não efetue a transação. Reprodução: Flipar
14/20
Os sites enganosos usados pelos criminosos para infectar as pessoas têm erros. É importante verificar se o nome do site está escrito de maneira correta ao clicar no Google. Reprodução: Flipar
Publicidade
15/20
Outra dica fundamental é usar antivírus no computador e celular. Reprodução: Flipar
16/20
Caso tenha sido vítima desse golpe, o primeiro passo é entrar em contato imediatamente com as autoridades policiais e registrar um boletim de ocorrência. Reprodução: Flipar
Publicidade
17/20
Depois, é importante também fazer uma limpeza no computador e celular para evitar outros desvios. Reprodução: Flipar
18/20
O Banco Central disponibiliza uma ferramenta chamada Mecanismo Especial de Devolução (MED), criada com o intuito de auxiliar vítimas de fraudes relacionadas ao PIX. Reprodução: Flipar
Publicidade
19/20
O pedido de devolução do valor deve ser feito na sua instituição em até 80 dias (a partir da data em que a transação do PIX foi realizada), de acordo com o Banco Central. Reprodução: Flipar
20/20
Depois da solicitação à instituição financeira, o Banco Central fará uma análise para determinar se ocorreu fraude. O caso é analisado em até sete dias. Reprodução: Flipar
Publicidade
A vítima, que mora em Maceió, relatou ter conhecido a plataforma por meio da influencer Paulinha Ferreira, atualmente investigada pela operação Game Over. Esta operação apura supostas fraudes na divulgação e operação do Jogo do Tigrinho e outros cassinos online.
A mulher contou que investiu R$ 400 na plataforma e conseguiu vencer. "Ela mostrava que tinha ganhos nessa plataforma. A mãe dela morava em um lugar bem humilde, e eu a vi tirando a família de onde morava e prosperando. Eu tinha uma grande admiração. Na minha perspectiva, ela é uma pessoa de baixo que cresceu na vida”, revelou.
Ao tentar sacar o prêmio, viu que o valor estava bloqueado. Ela então entrou com uma ação contra a influenciadora e a empresa por danos morais, além de tentar recuperar o prêmio.
Publicidade
Antes de abrir o processo, a fã pediu ajuda para Paulinha, mas não obteve sucesso. "Quando eu falei com ele, a resposta foi: 'infelizmente foi um bug da plataforma.' Aí eu fiquei pensando: 'Quando coloco o meu dinheiro lá, eles aceitam. Agora se eu ganhar, independente do valor, é porque a plataforma bugou?' Eu não entendi”, comentou.
A justiça determinou a derrubada da conta de Paulinha após pedido dos investigadores da operação Game Over.
O advogado Rodrigo Monteiro, que defende a influenciadora, disse que ela era apenas paga para fazer a publicidade do jogo, respeitando todas as normas do Conar.
Os investigadores afirmam que esses influencers possuíam contas diferenciadas dos outros usuários das plataformas, permitindo mostrar apostas que seriam "viciadas em ganhar".
Publicidade
Na semana passada, a operação atingiu 12 suspeitos e pediu a apreensão de R$ 38 milhões que teriam sido movimentados de 2023 para cá devido ao jogo.