Élcio de Queiroz delata Ronnie Lessa e traz novas pistas sobre o mandante da execução de Marielle Franco
Montagem/portal iG
Élcio de Queiroz delata Ronnie Lessa e traz novas pistas sobre o mandante da execução de Marielle Franco

Segundo informações divulgadas pela Polícia Federal sobre a "delação premiada" do ex-PM Élcio de Queiroz no " Caso Marielle Franco ", o sargento da Polícia Militar Edimilson Oliveira da Silva, conhecido como "Macalé", teria sido o intermediário entre o mandante do crime e Ronnie Lessa, apontado como autor dos disparos que mataram Marielle e Anderson.

Macalé foi executado a tiros em novembro de 2021 na Zona Oeste do Rio. De acordo com Élcio, Macalé apresentou o responsável pelo "mandante" da morte de Marielle a Ronnie Lessa. Além disso, o sargento teria auxiliado Lessa no monitoramento e acompanhamento da rotina da vereadora nos meses que antecederam o ataque fatal, ocorrido em março de 2018.

Élcio Queiroz e Ronnie Lessa encontram-se detidos presos desde 2019, sendo ambos acusados pelos assassinatos da vereadora e do motorista.  A delação de Élcio forneceu novaos detalhes importantes sobre o atentado que chocou o país e até hoje permanece sem respostas conclusivas.

Macalé apresentou o responsável pelo "mandante" da morte de Marielle a Ronnie Lessa

A execução a tiros de Macalé ocorreu em Bangu, bairro da Zona Oeste do Rio de Janeiro e foi registrada em vídeo por câmeras de segurança locais. As imagens mostram o sargento caminhando com duas gaiolas nas mãos quando é abordado por criminosos que atiram contra ele.

Essa recente revelação vem à tona após Élcio firmar a delação premiada com a Polícia Federal (PF) e o Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ), trazendo à tona novas informações sobre o caso Marielle. O ex-PM admitiu que dirigiu o veículo utilizado no ataque, enquanto Ronnie Lessa fez os disparos fatais com uma submetralhadora contra a vereadora.

Investigação

  • Ronnie Lessa pesquisou o CPF da então vereadora Marielle Franco e de sua filha em um banco de dados privado de buscas de crédito dois dias antes do crime. Os agentes também conseguiram rastrear um táxi usados pelos criminosos no dia da execução do crime. 
  • Guilhermo Catambry, delegado da Polícia Federal, disse que os criminosos fugiram da cena do crime em direção a casa do irmão de Ronnie, Dennis Lessa, que prestou depoimento hoje na sede da Polícia Federal.  Lá, Ronnie teria pedido ao irmão para que chamasse um taxi. A polícia afirma que conseguiu rastrear o percurso feito pelo taxi após o crime e isso é a prova "mais condundente" até o momendo da investigação. 

Delação: outro suspeito envolvido; o ex-bombeiro Maxwell Simões Corrêa

Élcio mencionou que o ex-bombeiro Maxwell Simões Corrêa, conhecido como Suel, também participaria do atentado, mas acabou sendo substituído por ele. Suel, que já era réu por homicídio e receptação por receber o carro utilizado no crime, foi recentemente preso pela PF e MPRJ na Operação Élpis.

O caso Marielle ainda continua sob investigação, com a Polícia Federal assumindo o inquérito desde o início de 2023. O julgamento de Élcio Queiroz e Ronnie Lessa pelo Tribunal do Júri ainda não tem data marcada. A tragédia completou cinco anos em 2023, e até então, o mandante e a motivação do crime não foram esclarecidos.

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