A Operação Ça Lumière foi a responsável pela prisão das duas mães, além de um homem envolvido no esquema de exploração sexual
Reprodução/Pexels
A Operação Ça Lumière foi a responsável pela prisão das duas mães, além de um homem envolvido no esquema de exploração sexual

Duas mães foram presas  preventivamente pela Polícia Civil , por serem suspeitas de  entregarem  as próprias  filhas para um esquema de  abusos sexuais , nas cidades de Cachoeirinha e Alvorada, no  Rio Grande do Sul . A prisão  faz parte da  Operação La Lumière , que está na segunda etapa.

operação teve início no dia 27 de abril. Ela foi desencadeada após a  prisão de um homem suspeito de cometer abusos sexuais.  Ele foi detido em flagrante na cidade de Imbé, juntou a outra  mãe , que havia iniciado os esquemas de exploração sexual junto a ele.

As  prisões ocorreram na última quarta-feira (17), sendo detidas uma mulher de 26 anos, que atua como digital influencer e é  mãe de uma garota de 7 anos, e uma mulher de 23 anos, sendo ela  mãe  de duas crianças, uma de 1 anos e outra de 3 anos.

A delgada do caso, Camila Defaveri, diz que ambas estavam juntas em hotéis na cidade de Porto Alegre, ao qual faziam programa. Elas foram encaminhadas para o presídio, e as crianças para a perícia psíquica e para a verificação de violência sexual, localizada no CRAI-IGP. As três menores seguem sob os cuidados do Conselho Tutelar.

operação já havia realizado mandado de busca em duas propriedades de um homem de 41 anos. Lá, encontraram instrumentos sexuais, calmantes de venda controlada, dopantes, além de celulares e computadores com as conversas salvas. Neste último, foram localizadas conversas com  uma mãe de três outras crianças, que já foi encontrada. A casa da mulher também foi revistada, e encontraram conversas com este homem, ao qual negociava encontros e combinava valores. Ambos foram presos na época.

Polícia Civil disse que a apreensão dos aparelhos foi crucial para entender o esquema. O suspeito procurava mulheres em situação vulnerável, através de ONGs e Instituições de Amparo, além de sites de prostituição, visando achar pessoas com filhos menores de idade. Ele então as convidavam para participar de encontros "familiares", ao qual demonstrava boas intenções, e fazia depósitos por meio de PIX.

Ele seguia uma tabela de preços a serem pagos, ao qual negociava com as  mães sob o ato ao qual ele faria. A delegada afirma que ele mantinha um "cardápio de abusos", com imagens de anime para ilustrar o abuso.

"Tem tabelas de preços estilo cardápio e os valores, por exemplo: passear os três juntos no shopping (300 reais), comer juntos (100 reais), ver filmes juntos no sofá ou na cama (mais 250), dormir os três juntos (500), tomar banho juntos vestidos de cueca (800) e dar banho nela (1500)", a diz Defaveri.

Após a negociação, marcavam o encontro, sendo geralmente em hotéis nas cidades ou em determinada residência em Imbé. 

Ao todo, foram detidas quatro pessoas, sendo três  mães e o homem de 41 anos. 

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