José Eduardo Neves Cabral
, filho do ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral
, foi preso nesta quinta-feira (24) após se apresentar à Polícia Federal
. Ele era procurado pela PF desde quarta (23) por conta da ordem de prisão da Operação Smoke Free
, que investiga comércio ilegal de cigarros.
O advogado Rafael Kullmann declarou que José Eduardo irá se posicionar sobre o tema em breve. Mais de 300 policiais trabalharam para cumprir 27 mandados de prisão e 50 de busca e apreensão. Com a prisão do filho de Cabral, a operação soma 13 presos e R$ 400 mil em dinheiro apreendido, além de celulares, joias, veículos de luxo, aparelhos eletroeletrônicos e cigarros clandestinos.
De acordo com a PF, o grupo investigado teria causado prejuízos de cerca de R$ 2 bilhões à União. Na operação, a polícia conta com o apoio da US Homeland Security Investigations, a Agência de Investigações de Segurança Interna dos Estados Unidos.
A investigação do caso começou em 2020 e, segundo a PF, desde 2019 "o grupo criminoso atuava reiteradamente, com falsificação ou não emissão de notas fiscais, depositava, transportava e comercializava cigarros oriundos de crime em territórios dominados por outras organizações criminosas, como facções e milícias".
Como consequência disso, a corporação informou que havia lavagem de dinheiro dos recursos obtidos de forma ilegal, além de remeter altas quantias de dinheiro ao exterior de forma irregular.
Detalhes dados pelos investigadores
Conforme os investigadores, a quadrilha também contava com uma "célula de serviço paralelo de segurança", coordenada por um policial federal e integrada por policiais militares e bombeiros.
"O grupo econômico que suporta a organização criminosa investigada é devedor contumaz da União e possui débito tributário de aproximadamente R$ 2 bilhões, segundo informado pela Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional", afirmou a PF .
Os integrantes do grupo podem responder pela prática de crimes de sonegação fiscal, duplicata simulada, receptação qualificada, corrupção ativa e passiva, lavagem de capital e evasão de divisas. Caso sejam condenados, podem pegar 66 anos de prisão.
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