Operação na Vila Cruzeiro
Operação na Vila Cruzeiro, na manhã desta sexta-feira (11)
Operação na Vila Cruzeiro

Adriano de Souza Freitas, o Chico Bento, principal alvo da operação que matou oito pessoas na Vila Cruzeiro, no Complexo da Penha, nesta sexta-feira , não foi encontrado pelos policiais militares, assim como nenhum outro alvo de mandado de prisão. Até o momento, um homem foi preso em flagrante com posse de armas, mas ele não estava entre os procurados na ação. Uma mulher, que seria responsável pela guarda de um carro com mais de 300 kg de maconha, foi conduzida para a Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE). Ela foi localizada nas imediações do Complexo da Penha, na Zona Norte do Rio.

Segundo o comandante do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) Uirá Nascimento, Chico Bento, apontado como líder do tráfico no Jacarezinho, estava protegido por barricadas e conseguiu fugir. "Por conta de barricadas no terreno, tivemos dificuldade. Esses criminosos sacrificam jovens pretos periféricos, que foram os mortos nesta ação. Estratégia covarde", afirmou o porta-voz da PM Ivan Blaz.

O comandante do Bope, Uirá Nascimento disse que nenhum alvo de mandado de prisão foi preso, mas não informou quantos seriam. Os nomes de oito mortos ainda não foram divulgados. A PM informou que o local foi preservado e a Polícia Civil, acionada. O Bope e a PRF permanecem na comunidade.

Operação em conjunto

A operação foi em conjunto com a Polícia Rodoviária Federal (PRF). A PM buscava lideranças do tráfico do Jacarezinho que poderiam ter fugido para a Vila Cruzeiro. Já a PRF buscava por integrantes de quadrilha de roubo de cargas. Segundo os porta-vozes das instituições, os alvos coincidem.

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Apesar de não ter cumprido o objetivo, o coordenador da comunicação da PRF considerou a ação exitosa e sem danos colaterais. Houve a apreensão de armas dos suspeitos mortos na ação. "Na ação de hoje, recuperamos veículos roubados, sete fuzis, quatro pistolas, cargas roubadas, maconha e cocaína", afirmou o chefe da comunicação da PRF, Marcos Aguiar.

A operação foi iniciada às 4h30 desta sexta-feira e está em andamento. Segundo as autoridades, a comunidade foi estabilizada no fim da manhã, entre 10h30 e 11h.

O porta-voz da PM lamentou que escolas precisaram ser fechadas e afirmou que a operação foi marcada para o início da manhã para evitar comprometer estudantes e trabalhadores. Ao menos 17 escolas municipais da região ficarão fechadas ao longo do dia, afetando cerca de 5,7 mil alunos que não terão aulas.

As unidades de saúde também foram prejudicadas. As Clínicas da Família Felipe Cardoso, Aloísio Novis e Klebel de Oliveira, no Complexo da Penha, não terão atividades externas. Agentes comunitários de saúde, por exemplo, tiveram que deixar de circular pela comunidade.

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