Três clínicas da família e 14 escolas estão fechadas devido à operação da Polícia Militar, em conjunto com a Polícia Rodoviária Federal (PRF), na Vila Cruzeiro, no Complexo da Penha, na Zona Norte do Rio, na manhã desta sexta-feira (11). A intensa troca de tiros, realtada nas redes sociais por moradores, já deixou oito mortos no local, segundo a PM.
A Secretaria municipal de Saúde confirmou que o confronto não permite que três Clínicas da Família façam as atividades externas nesta sexta-feira. São elas: Felipe Cardoso (Av. Nossa Sra. da Penha, 42 - Penha), Aloysio Novis (Av. Braz de Pina, 651 - Penha Circular) e Klebel de Oliveira (Praça Clomir Teles Cerbino, S/N - Olaria,).
A Secretaria municipal de Educação informou que na região, 14 unidades não vão abrir para atividades presenciais nesta sexta-feira. As aulas serão de forma remota, segundo o secretário municipal de Educação do Rio, Renan Ferreirinha, confirmou ao "Bom Dia Rio", da TV Globo.
As escolas que não abrem hoje são:
- Escola Municipal Bernardo de Vasconcellos
- Creche Municipal Caracol
- Escola Municipal Joracy Camargo
- Ciep Deputado José Carlos Brandão Monteiro
- Escola Municipal Monsenhor Rocha
- Creche Municipal Betinho
- EDI Maria de Lourdes Ferreira
- Creche Municipal Carlos Drummond de Andrade
- Creche Municipal Tempo de Aprender
- Escola Municipal Leonor Coelho Pereira
- Ciep Maestro Francisco Mignone
Impacto na educação
Uma pesquisa do Centro de Estudos de Segurança e Cidadania (CESeC), lançada no dia 7 de fevereiro — data de início do ano letivo — mostra como a violência no entorno das escolas prejudica o desempenho escolar. O estudo “Tiros no Futuro: Impactos da guerra às drogas na rede municipal de Educação do Rio de Janeiro”, o qual O GLOBO teve acesso, revela que 74% das escolas cariocas tiveram ao menos um tiroteio no seu entorno em 2019.
O levantamento avaliou, através de um convênio firmado com a Secretaria municipal de Educação do Rio (SME), os dados de 1.577 unidades de ensino da rede, com um total de 641.534 alunos matriculados em 2019, ano de referência por anteceder a pandemia da Covid-19. As escolas mais expostas à violência registraram, em média, no seu entorno, dez operações policiais em 2019. As unidades não tiveram os nomes revelados.