A Polícia Federal selecionou o delegado Martin Bottaro Purper, de 43 anos - e que está há 17 anos na corporação -, como o responsável para inevstigar as circunstâncias do ataque realizado contra o presidente Jair Bolsonaro (PL) em Juiz de Fora-MG.
O objetivo será buscar e analisar as informações para esclarecer se Adélio Bispo de Oliveira - que foi o autor da facada - agiu sozinho ou contou com a ajuda de alguém para realizar o atentado.
Em novembro de 2021, o advogado criminalista Frederick Wassef, representante da família Bolsonaro, solicitou ao TRF-1 (Tribunal Regional Federal da 1ª Região) a reabertura do caso.
Na ocasião, o tribunal autorizou que a Polícia Federal estude dados bancários e o conteúdo do celular apreendido de Zanone Manuel de Oliveira Júnior, um dos advogados de defesa de Adélio.
A PF já havia cumprido, em dezembro de 2018, um mandado de busca e apreensão nos imóveis de Oliveira Júnior e apreendeu documentos, celulares e computadores. O objetivo era buscar quem bancava a assistência jurídica a Adélio. A autorização foi realizada pela Justiça Federal em Minas Gerais.
Fernando Magalhães, advogado que atuou na defesa de Adélio Bispo, alegou à Folha de S.Paulo que a devisão do TRF-1 será analisada pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ). Há a possibilidade do Supremo Tribunal Federal (STF) ser acionado.
"A quebra do sigilo deferida ainda pende de recursos e acredito piamente que a Justiça irá prevalecer, impedindo uma inversão de valores, neste tema não me parece lícito e ou correto investigar 'a atuação defensiva' ao invés 'da fonte que despendeu a força motriz para o ato'", afirmou Magalhães.
O policial já investigou o Primeiro Comando da Capital (PCC) na Operação Register, que teve como foco identificar um cadastro de integrantes do grupo criminoso.