Dois agentes penitenciários do Rio foram flagrados, no fim da última semana, com jogos de baralho em presídios, objetos cuja entrada é proibida nesses locais. Os inspetores também foram encontrados com outros objetos ilícitos.
O primeiro caso ocorreu na sexta-feira, no presídio Jonas Lopes de Carvalho, conhecido como Bangu 4, no Complexo de Gericinó, que abriga presos de uma das facções criminosas do Rio. O agente foi flagrado com R$ 37,5 mil na cintura ao passar pelo scanner corporal da unidade. Em seguida, no seu carro, foram encontradas 24 caixas de cartas de baralho. No armário do agente, havia ainda R$ 2 mil, um carregador, um fone de ouvido e dois chips de celular. O caso foi regristrado na 34ª DP (Bangu) e o servidor foi autuado por corrupção ativa.
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O outro caso ocorreu no sábado, no Presídio Carlos Tinoco da Fonseca, em Campos dos Goytacazes, no Norte Fluminense. Segundo o registro de ocorrência feito na 146ª DP (Guarus), um servidor foi flagrado pelas câmeras de segurança da unidade descartando materiais ilícitos no lixo. Ainda segundo o documento, o inspetor descartou o material ao assumir o serviço e notar que as bolsas dos servidores estavam passando por scanner corporal.
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Outro agente, que trabalhava na revista dos colegas, relatou ter encontrado material ilícito na lixeira de uma sala localizada antes daquela onde os agentes passam pelo scanner. Verificando nas câmeras de segurança, viu quem tinha sido o inspetor a jogar um saco com o material no local. Na sacola havia quatro carregadores de celular, quatro fones, cinco caixas de cartas de baralho e três telas de telefone celular. O agente foi autuado pelo crime de prevaricação.