Parada do Orgulho LGBT em São Paulo tem como uma de suas lutas a diminuição de mortes de LGBT
João Cesar Diaz
Parada do Orgulho LGBT em São Paulo tem como uma de suas lutas a diminuição de mortes de LGBT

Relatório divulgado nesta quinta-feira (23) pelo Grupo Gay da Bahia (GGB) registrou a ocorrência de 329 mortes violentas de LGBT em 2019, sendo 297 homicídios e 32 suicídios.

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A entidade, que faz anualmente o levantamento dessas mortes desde 1980, aponta que houve uma diminuição nas mortes violentas de gays, lésbicas , travestis e bissexuais no ano passado. O fundador do GGB, o antropólogo e historiador Luiz Mott, classificou de "surpreendente" essa diminuição, diante do cenário de crescimento do discurso homofóbico na sociedade. provocou uma atitude de maior cautelar no segmento LGBT . "Isso levou o segmento LGBT a se acautelar mais, evitando situações de risco de ser a próxima vítima", afirmou.

De acordo com os dados do GGB, o ano recorde foi 2017, com 445 mortes , seguido em 2018 com 420. "Apesar dessa redução observada nos dois últimos anos, devemos pontuar que tais mortes cresceram incontrolavelmente nas duas últimas décadas: de 130 assassinatos em média em 2000, saltou para 260 em 2010, subindo para 398 nos últimos três anos", diz o relatório.

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Na contabilização dessas mortes de LGBT em 2019, o GGB registrou 174 gays (52,8%), seguidos de 118 travestis e transsexuais (35,8%), 32 lésbicas (9,7%) e 5 bissexuais (1,5%). "Em termos relativos, as pessoas trans representam a categoria sexológica mais vulnerável a mortes violentas. Esse total de 118 mortes, se referidas a 1 milhão de travestis e transsexuais que se estima existir em nosso país, sinalizam que o risco de uma pessoa trans ser assassinada é aproximadamente 17 vezes maior do que um gay", aponta o relatório.

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