Katarina Silva, mulher trans que saiu de Fortaleza, no Ceará, há três anos para trabalhar em São Paulo, foi morta na manhã desta quarta-feira (12) próximo ao parque do Carmo, na zona leste da capital. A polícia está investigando o caso.
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A morte de Katarina reflete o aumento de mortes de pessoas trans em São Paulo. Em 2019, os casos cresceram 67% na cidade, segundo boletim anual da Antra ( Associação Nacional de Travestis e Transexuais ). A capital paulista tem os maiores índices de violência contra transexuais do país, com 21 dos 124 assassinatos de transexuais que ocorreram no último ano.
A polícia ainda não sabe quem matou Katarina. O corpo dela foi encontrado com marcas de facadas. Golpes foram feitos inclusive na prótese dos seios da mulher trans. Dependendo de como as investigações seguirem, o caso pode ser classificado como feminicídio – termo utilizado para definir o assassinato de mulheres (cis ou transgênero ) por motivos de gênero, ou seja, quando a pessoa é morta por ser mulher.
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A região onde Katarina trabalhava é conhecida por ter pontos de prostituição, que muitas vezes é realizada por pessoas trans , devido à vulnerabilidade social desta minoria, que sofre preconceitos e empecilhos para conseguir emprego e pode ser expulsa de casa por não ser aceita por sua família.