Ana Flávia e Carina Ramos estão entre as suspeitas do assassinato da família
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Ana Flávia e Carina Ramos estão entre as suspeitas do assassinato da família

Avó de Anaflavia Gonçalves, de 24 anos, acusada de matar os pais e o irmão em um crime em São Bernardo do Campo, região do ABC paulista, na semana passada, Vera Conceição afirmou que perdoa a neta. Ela afirmou que faz isso em memória dos parentes que foram mortos.

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"Eu perdoo a minha neta. Eu tenho que perdoar, para que os meus três (filha, neto e genro) fiquem bem onde quer que eles estejam",  disse ela. "Mas perdoar não é aceitar. Não aceito o que ela fez", disse em uma entrevista coletiva na manhã deste sábado.

Vera Conceição, de 57 anos, afirma que está forte “com o apoio de Deus” e irá até o fim das investigações, pois quer saber o que de fato aconteceu. Questionada sobre se ela acredita na hipótese de que Ana Flavia e sua namorada, Carina , tinham planejado apenas um assalto, onde a situação saiu do controle, culminando nos assassinatos, ela preferiu afirmar que espera a versão e a conclusão das investigações da polícia.

Em seu depoimento de quase uma hora no escritório de seu advogado, em São Bernardo do Campo , em tom emocionado porém firme, Vera Conceição afirmou que Ana Flavia se afastou da família desde que começou a se relacionar com Carina . Ela afirma que quando conheceu a namorada da neta estranhou o fato de que Carina se apresentou a cada membro da família com uma profissão diferente: delegada, enfermeira e locusta.

"Acho que o que aconteceu foi ganância", disse ela. " Ana Flavia sempre foi próxima da família, sempre teve tudo, só não fez faculdade porque não quis. Mas era sempre muito amor, ela amava o irmão, eles brincavam, jogavam videogame".

Vera Conceição afirmou que pretende conversar de "peito aberto" com a neta, caso ela esteja disposta a isso. Ela contou que sua filha, Flaviana, chegou a cuidar dos três filhos de Carina, para ajudá-la. Mas que a família foi se afastando dela a medida em que a conhecia. No final, ela não entrava mais na casa dos pais de Ana Flavia , onde ocorreu o crime.

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"Ela era muito arrogante, muito mandona. Chegava e queria mandar em tudo, queria mandar até no que a sogra dela, minha filha, estava cozinhando".

Ela afirmou que Ana Flavia não participou do Natal da família, em Extrema, onde mora. E que soube que Ana Flavia e Carina se casaram dia 9 de janeiro quando tudo já havia sido consumado, diferentemente do outro casamento de Ana Flavia, quando a família se envolveu e fez festa.

"Se ela ainda estivesse casada com a Juliana isso não aconteceria, ela era família, ainda somos amigas". Vera Conceição citou o momento feliz da filha e do genro e que a boa situação financeira era fruto de muito trabalho. Afirmou que quando esteve na casa viu o cofre aberto, mas não sabia se havia dinheiro no local. Ela ainda agradeceu todo o apoio que tem recebido.

"Outro dia estava na rua e um motoqueiro parou. Pensei que era assalto, a gente nunca sabe, mas ele parou para dizer que estava orando por mim".

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O advogado de Vera, Epaminondas Gomes, afirmou que não pode dar detalhes do caso pois ele segue em segredo de Justiça. E afirmou que a família está colaborando totalmente com a família, a ponto de ter deixado as chaves da casa onde ocorreu o crime com a polícia para ajudar nas investigações. Vera e seu neto, Diogo Reís, só estão indo ao local para alimentar e cuidar dos cachorros da família: Belinha e Julinha.

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