A Arábia Saudita proibiu, nesta segunda-feira (18), todos os cidadãos de celebrarem aniversários no país. De acordo com a mídia local, o anúncio foi realizado pelo conselheiro e membro da mais alta instituição religiosa do país, Abdullah Al-Mutlaq. A proibição, que visa evitar despesas desnecessárias, também é válida para festas de aniversários infantis.
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O governo da Arábia Saudita justificou a proibição dizendo que "as pessoas não têm muito dinheiro para gastar neste tipo de coisa". Abdullah Al-Mutlaq ressaltou que essas "coisas não trazem nenhum benefício e o Islamismo não as promove, o que pode levar as famílias à pobreza".
A fatwa, espécie de decreto religioso, gerou diversos comentários nas redes sociais. Algumas pessoas criticaram duramente as autoridades do país. A medida pareceu, para muitos como exagerada e desnecessária. No entanto, a emissão de fatwas semelhantes a essas é comum em países islâmicos.
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Festas cristãs são proibidas
O islamismo é uma religião regida pelo Alcorão, livro sagrado que contém textos revelados ao profeta Maomé, e que tem Alá como Deus. A proibição saudita às festas de aniversário segue a interpretação rígida do Islã seguida pela conservadora seita Wahhabi, implementada no país.
Todas as festas cristãs, e até mesmo algumas muçulmanas, são proibidas, pois são consideradas costumes estrangeiros não sancionados pelos sauditas. No Dia dos Namorados, por exemplo, as autoridades sauditas fazem uma forte fiscalização para coibir os cidadão de presentear seus parceiros.
O governo adverte floristas e donos de lojas a não vender produtos como flores, presentes em forma de coração, doces e a cor vermelha. O Dia dos Namorados é oficialmente conhecido como o Dia de São Valentim, um santo cristão supostamente martirizado pelos romanos no século 3.
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Segundo a mídia local, presentes em cores vermelhas e em forma de coração são legais em outras épocas do ano, mas no dia 14 de fevereiro tornam-se ilegais. Apenas as festas muçulmanas de Eid al-Fitr, que marcam o final do Ramadã, e Eid al-Adha, que conclui a peregrinação anual à Meca, são permitidas na Arábia Saudita.
* Com informações da Ansa