
Duas pessoas morreram e outras quatro ficaram feridas em um ataque terrorista que ocorreu do lado de fora de uma sinagoga na cidade de Manchester, na Inglaterra, na manhã desta quinta-feira (02). Segundo a polícia local, um homem teria avançado com um carro contra fiéis e depois atacado com uma faca. O suspeito foi baleado e morto por agentes de segurança, informou o The Independent.
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O caso ocorreu na Sinagoga da Congregação Hebraica de Heaton Park (Heaton Park Hebrew Congregation Synagogue), no bairro de Crumpsall, durante o Yom Kippur, a data mais sagrada do calendário judaico, quando dezenas de pessoas se reuniam no local.
Relatos do ataque começaram por volta das 9h30 do horário local (5h30 no Brasil), afirmando que um veículo teria sido jogado contra pessoas e um homem havia sido esfaqueado.
Agressor usava colete
O homem que avançou com um carro sobre a multidão estava com um colete que, segundo chefe de polícia da Grande Manchester, "tinha a aparência de um dispositivo explosivo".
“Neste momento, sabemos que um carro foi dirigido diretamente contra membros do público do lado de fora da sinagoga. O motorista do carro foi visto atacando pessoas com uma faca. Ele usava um colete que parecia um dispositivo explosivo" , relatou o porta-voz.
Segundo informações obtidas pelo The Independent, o agressor foi impedido de entrar no templo judeu pela equipe de segurança e por outros fiéis. “Graças à coragem imediata da equipe de segurança e dos fiéis presentes, bem como à rápida resposta da polícia, o agressor foi impedido de obter acesso” , disse o chefe de polícia Stephen Watson.
Repercurssões
O prefeito de Manchester, Andy Burnham, classificou o episódio como um “incidente grave” e pediu que a população evitasse a região. Em entrevista à BBC, ele afirmou que o perigo imediato já foi controlado e destacou a ação rápida da polícia e da equipe de segurança da sinagoga. A polícia também contou que duas prisões foram feitas durante a investigação, mas não forneceu detalhes.
O primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, afirmou estar “chocado” com o ocorrido. “O fato de ter ocorrido no Yom Kippur, o dia mais sagrado do calendário judaico, torna tudo ainda mais horrível” , publicou na rede social X.
Nesta quinta (02), os judeus celebram o Yom Kippur, o "Dia do Perdão" ou “Dia da Expiação”, considerada a data mais importante do calendário judaico. Embora nem todos os judeus pratiquem todos os rituais da data, ela é considerada o único feriado em que muitos judeus não praticantes vão à sinagoga.
