Manoel Marins Filho embarcou para a Indonésia
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Manoel Marins Filho embarcou para a Indonésia

O pai de Juliana Marins, brasileira que morreu após cair durante uma trilha no Monte Rinjani, na Indonésia, desabafou nas redes sociais nesta quinta-feira (26) e disse que ainda não sabe se conseguirá retornar ao Brasil com o corpo da filha.

Manoel Marins afirmou que viajaria de Lombok a Bali para acompanhar a autópsia e retirar o atestado de óbito necessário para o translado. Ele também relatou o sofrimento pela morte da filha.

"Bateu muita saudade ontem, chorei muito. Não dormi bem", diz. "Filha, te amo demais, demais, demais e cada vez mais a dor aumenta. Descanse nos braços do pai, querida. Que Deus te abençoe ricamente".

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O translado do corpo de Juliana Marins ao Brasil deve ocorrer nos próximos dias, após a conclusão dos trâmites legais na Indonésia. Inicialmente, o ex-jogador Alexandre Pato havia se oferecido para custear a repatriação, mas a Prefeitura de Niterói, cidade onde Juliana morava, assumiu publicamente o compromisso com os custos. Em nota, o prefeito Rodrigo Neves afirmou que o município já estava em contato com a família e com a embaixada brasileira em Jacarta para providenciar o retorno do corpo.

Na quinta-feira (27), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse que entrou em contato com o pai de Juliana e determinou ao Itamaraty que arcasse com os custos do translado. A família ainda não confirmou quem ficará oficialmente responsável pela repatriação. O Ministério das Relações Exteriores ainda não divulgou detalhes sobre a operação, nem informou prazos para a chegada do corpo ao Brasil.

Autópsia

O resultado da autópsia de Juliana foi divulgado na manhã desta sexta-feira (27). Segundo as autoridades indonésias, a jovem morreu em decorrência de um trauma contundente que causou fraturas no tórax, ombro, coluna e coxa. Essas lesões provocaram danos a órgãos internos e hemorragia.

"A principal causa de morte foram ferimentos na caixa torácica e nas costas", afirmou o médico legista Ida Bagus Alit à imprensa local.

A autópsia foi realizada no Hospital Bali Mandara, para onde o corpo foi transferido por ambulância, após ser levado ao Hospital Bhayangkara, em Lombok.

De acordo com o especialista, a ausência de sinais como hérnia cerebral ou retrações nos órgãos indica que a morte ocorreu pouco tempo após a queda. A estimativa é de que Juliana tenha morrido cerca de 20 minutos depois de sofrer os ferimentos, que não necessariamente ocorreram na primeira queda.

Ainda segundo Alit, não foram identificados sinais de hipotermia no corpo da brasileira.

Acidente

Juliana Marins, de 26 anos, caiu de um penhasco durante uma trilha rumo ao cume do Monte Rinjani, na Indonésia, na madrugada de sábado (21), horário local. Ela fazia uma expedição em grupo e se distanciou dos parceiros quando se acidentou.

No domingo (22), Juliana foi localizada com vida a cerca de 200 metros de profundidade por meio de imagens de drones. Equipes de resgate tentaram chegar até ela, mas o terreno íngreme, a neblina densa e a chuva dificultaram as ações.

Com o passar dos dias, a brasileira escorregou ainda mais pelas rochas e chegou a ser avistada a cerca de 900 metros abaixo da trilha original. A demora no resgate e a falta de estrutura da operação foram muito criticadas por familiares e internautas.


A confirmação da morte de Juliana veio na terça-feira (24), após quatro dias de buscas. Equipes da Agência Nacional de Busca e Resgate da Indonésia (Basarnas) conseguiram chegar até o local onde ela estava e constataram que não havia mais sinais de vida.

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