Edmundo González Urrutia , líder da oposição da Venezuela que se exilou na Espanha após o governo de Maduro declarar vitória nas últimas eleições, se reuniu neste sábado (4) com o presidente da Argentina , Javier Milei , em Buenos Aires .
González publicou na rede social X antes da reunião destacando que ambos abordariam “a situação política venezuelana , seu impacto na região e os dias que virão”. Após o encontro, Milei e González cumprimentaram centenas de venezuelanos que estavam reunidos na Praça de Maio, em frente à Casa Rosada , sede do governo argentino.
Encontros com líderes sul-americanos
Além do encontro com Milei, Edmundo González também tinha reuniões previstas com ministros, deputados e outras personalidades da Argentina, de acordo com sua equipe de imprensa.
Na tarde do mesmo dia, ele viajará ao Uruguai, onde está marcada uma reunião com o presidente Luis Lacalle Pou. De acordo com a CNN, o chefe de Estado e o chanceler Omar Paganini receberão González na residência presidencial.
O líder da oposição, que desde setembro está em asilo político na Espanha, recebeu o apoio de vários países como Argentina, Estados Unidos e Equador, cujos governos o reconhecem como presidente eleito da Venezuela.
González garante que retornará à Venezuela para assumir a Presidência em 10 de janeiro, quando começa um novo período de governo. Por sua vez, o presidente Nicolás Maduro garante que está pronto para iniciar um novo mandato.
Crise política na Venezuela
A oposição do país e a maioria da comunidade internacional não reconhecem os resultados oficiais das eleições presidenciais de 28 de julho na Venezuela, que dão vitória a Nicolás Maduro com mais de 50% dos votos.
Os resultados do Conselho Nacional Eleitoral (CNE) da Venezuela foram questionados e até o momento não apresentaram atas eleitorais que detalham os votos para ser possível auditar a vitória de Maduro.
A oposição, por sua vez, publicou as atas que diz ter recebido dos seus fiscais partidários e que dariam a vitória por quase 70% dos votos para Edmundo González. O chavismo afirma que 80% dos documentos divulgados pela oposição são falsificados, mesmo sem mostrar atas.
O Ministério Público da Venezuela iniciou uma investigação contra González pela publicação das atas, alegando usurpação de funções do poder eleitoral. O opositor foi intimado a prestar depoimento sobre a publicação das atas e foi para a Espanha após ter um mandado de prisão emitido contra ele.