Lula e Maduro
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Lula e Maduro

O governo de Luiz Inácio Lula da Silva confirmou sua presença na posse do presidente da Venezuela, Nicolás Maduro , marcada para 10 de janeiro. A informação foi confirmada por fontes do Itamaraty , que informaram que a embaixadora do Brasil em Caracas , Gilvania de Oliveira, representará o país no evento. A informação é do portal "UOL".

Em julho de 2024, as eleições na Venezuela resultaram na reeleição de Maduro, mas a oposição alegou fraude, afirmando que o candidato Edmundo Gonzalez teria vencido. O governo brasileiro evitou se posicionar sobre a acusação de fraude, mas deixou claro que não reconheceria os resultados até a apresentação das atas eleitorais, documentos que não foram divulgados. Esse impasse resultou em uma crise diplomática entre Brasil e Venezuela, com o governo de Maduro criticando a diplomacia brasileira, incluindo ataques ao assessor especial de Lula, Celso Amorim.

Embora o Brasil não enviará um ministro ou uma autoridade de alto escalão para a posse, a decisão de enviar a embaixadora visa manter um canal de diálogo com o governo de Maduro, sem, no entanto, elevar o nível de representação, em sinal de que as condições do Brasil não foram atendidas.

A situação da Venezuela gerou divisões no Brasil. Grupos de direitos humanos pressionam o governo para adotar uma postura mais firme contra o regime de Maduro, enquanto movimentos sociais defendem o reconhecimento da vitória do presidente venezuelano.

Em uma carta assinada por entidades como a Artigo 19 Brasil e Conectas Direitos Humanos, as organizações pedem ao governo brasileiro que tome medidas para garantir uma transição democrática e pacífica na Venezuela, e que não reconheça os resultados das eleições enquanto as atas eleitorais não forem apresentadas.

Por outro lado, movimentos sociais, como o Movimento Nacional de Juventude e a Confederação Nacional das Associações de Moradores, enviaram uma carta ao governo pedindo o reconhecimento da reeleição de Maduro, defendendo a importância de manter boas relações diplomáticas com a Venezuela e reforçando a necessidade de integração regional.

A ONU, por sua vez, expressou preocupação com a situação na Venezuela e alertou para a necessidade de garantir o direito às manifestações pacíficas durante os dias que antecedem a posse de Maduro. A comissão de inquérito da ONU também monitora a prisão de opositores políticos, jornalistas e ativistas de direitos humanos no país.





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