A delegação brasileira não esteve presente na Assembleia Geral das Nações Unidas durante o discurso do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu , nesta sexta-feira (27). A medida é uma retaliação à ausência de aplausos da delegação israelense ao discurso do presidente Luiz Inácio Lula da Silva , realizado na última terça-feira (24), no qual Lula criticou ações bélicas de Israel na Faixa de Gaza e no Líbano .
O Portal iG está no BlueSky, siga para acompanhar as notícias!
No seu discurso, Lula condenou o "genocídio israelense", e disse ter encontrado o presidente da Palestina, Mahmoud Abbas, que o agradeceu por seu apoio à causa palestina.
Além disso, Lula já havia transferido o embaixador Frederico Meyer de Tel Aviv para uma função em Genebra, um movimento visto como um sinal político por analistas de relações internacionais.
A delegação do Irã também se retirou do plenário antes do discurso de Netanyahu, que começou a ser vaiado. Em sua fala, Netanyahu criticou o Irã, referindo-se ao país como uma "maldição", e mencionou a necessidade de uma "reconciliação histórica" entre árabes e judeus.
O premiê expressou que sua presença na ONU era necessária para "falar a verdade" sobre Israel, afirmando que o país busca e anseia pela paz, embora enfrente inimigos que desejam sua destruição.
Hamas
Netanyahu reafirmou que o objetivo da guerra contra o Hamas é derrotar o grupo extremista e declarou que a rendição do Hamas é a única maneira de encerrar o conflito.
"Essa guerra pode terminar agora. Tudo o que precisa acontecer é o Hamas se render, abaixar suas armas e devolver os reféns. Mas se eles não fizerem isso, nós vamos lutar até alcançar a vitória. A vitória total. Não há substituição para isso", afirmou o premiê.
Além disso, Netanyahu acusou o Irã de bombardear Israel diretamente pela primeira vez e afirmou que Israel está preparado para um conflito com o país.
Hezbollah
O primeiro-ministro também esclareceu que Israel não está em guerra com o Líbano, mas com o Hezbollah, que, segundo ele, "sequestrou o Líbano".
Netanyahu fez críticas ao Irã, a quem chamou de "maldição", e falou sobre uma "reconciliação histórica" entre árabes e judeus.
Premiê disse que foi à ONU para 'falar a verdade' sobre Israel. Ele declarou que não pretendia comparecer neste ano porque seu país "está lutando por sua vida", mas precisava "esclarecer as coisas" após ouvir mentiras e calúnias. "Israel busca a paz, Israel anseia pela paz, Israel fez a paz e fará a paz novamente", afirmou Netanyahu. "Mas temos inimigos selvagens que buscam nos aniquilar".
"Não estamos em guerra com vocês, estamos em guerra com o Hezbollah". Ele também reafirmou que Israel tem o direito de atacar o Hezbollah.
Quer ficar por dentro das principais notícias do dia? Participe do nosso canal no WhatsApp e da nossa comunidade no Facebook.