Maduro e Urrutia votam em Caracas
Montagem/Reprodução
Maduro e Urrutia votam em Caracas

A votação nas eleições presidenciais da Venezuela se encerrou às 19h deste domingo (28), no horário de Brasília. O povo venezuelano foi às urnas para decidir se quer o sexto mandato de Nicolás Maduro ou se quer Edmundo González Urrutia, da oposição, no comando do país.

Agora, os venezuelanos aguardam pelo anúncio do resultado. Espera-se que ele seja divulgado por volta da meia-noite (horário de Brasília). 

O Conselho Nacional Eleitoral ainda não divulgou dados oficiais da adesão dos eleitores. No entanto, após o fim das eleições, Urrutia falou que a votação foi histórica, com uma participação "massiva" - segundo a campanha do candidato, houve 54,8% de adesão às urnas. Ele ainda pediu para que os eleitores fiscalizem a checagem de votos.

"Queremos agradecer a todos os venezuelanos por esta jornada histórica. Tivemos uma participação massiva, jamais vista na história da Venezuela. Fazemos um chamado aos testigos [fiscais-eleitores] para que se mantenham nos centros eleitorais até que recebam a ata correspondente", disse o candidato.

A fala de Urrutia foi semelhante à da líder da oposição de Nicolás Maduro, María Corina Machado. Ela teve sua candidatura pela coalizão Plataforma Unitária Democrática (PUD) barrada devido a uma inabilitação política, o que levou González Urrutia a ser o escolhido para enfrentar o atual presidente na disputa.

“É hora de você ver como seu voto é contado, voto por voto”, disse María Corina. Mais cedo, enquanto depositava seu voto, a líder da oposição disse que os venezuelanos estavam vivendo "o ato cívico mais importante na História da Venezuela."

Maduro acena com discurso de paz ao fim da votação

Pouco antes do encerramento do pleito, o presidente e candidato à reeleição, Nicolás Maduro, fez um discurso de paz pelo X (antigo Twitter).

"Estamos a apenas uma hora do 1x10x7 fazendo a finalização perfeita, vamos terminar esse maravilhoso dia #eleitoral em paz. Saia e vote para que neste #28dejulho você coroe a #Paz", escreveu.

Mais cedo, Maduro afirmou pela primeira vez que respeitaria o resultado das eleições.

“Vou respeitar o resultado oficial das eleições e o processo eleitoral (...). Há uma constituição, e a lei tem que ser respeitada. Sou Nicolás Maduro, presidente do povo, e reconhecerei a palavra santa do árbitro eleitoral”, declarou.

Apesar das pesquisas eleitorais divergirem sobre o resultado do pleito presidencial na Venezuela, a eleição é considerada complicada para Maduro.  Esta é a primeira eleição, desde 2015, em que toda a oposição aceitou participar do pleito. Desde 2017, os principais partidos de oposição vinham boicotando as eleições nacionais.

Sendo assim, há a chance dele ser derrotado por Urrutía, o que levaria ao fim de um ciclo de 25 anos de chavismo no comando do país sul-americano.


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