Na última terça-feira (25), o General Juan José Zúñiga do Exército Boliviano foi destituído de seu cargo de Comandante Geral, sob acusações de liderar uma tentativa de golpe contra o governo do Presidente Luis Arce.
Zúñiga, uma figura proeminente na hierarquia militar desde 2022, é reconhecido por sua experiência em inteligência militar e foi descrito como um espião do governo.
Conhecido popularmente como "general do povo", Zúñiga mantinha relações amigáveis com movimentos sindicais, porém enfrentava sérios conflitos com o ex-Presidente Evo Morales.
Em 2022, Morales o acusou de envolvimento em um grupo que perseguia líderes políticos, uma acusação veementemente negada por Zúñiga.
As tensões recentes escalaram quando Zúñiga fez duras críticas públicas a Morales, afirmando que não permitiria uma futura presidência de Evo.
Em resposta, o ex-presidente condenou as declarações do general como ameaças sem precedentes em um estado democrático, exigindo responsabilização dos líderes militares.
Em entrevista ao jornal El Deber, Zúñiga reafirmou seu compromisso com a defesa da unidade nacional, alegando ameaças internas e externas visando desestabilizar a Bolívia em benefício próprio.
Corrupção
Além disso, Zúñiga enfrenta suspeitas de envolvimento em operações de contrabando e acusações de desvio de aproximadamente 3 milhões de Bolivianos destinados a iniciativas sociais.
A quarta-feira testemunhou a prisão do general sob acusações de mobilizar tropas e veículos blindados em direção ao palácio presidencial em La Paz—uma ação interpretada como tentativa de golpe.
O confronto entre Presidente Arce e Zúñiga marcou um momento crítico na crise em curso, com Arce emitindo ordens diretas ao general destituído.
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